O Irã poderá abandonar o acordo sobre o programa nuclear, caso os EUA e outros parceiros ocidentais do Plano de Ação Conjunto Global continuem a política de pressão e não cumpram suas obrigações, acredita o analista da agência iraniana Fars, Said Iasser Gzhabraili.
Sem terminar com todos os receios dos ocidentais e com um persistente bloqueio bancário estadunidense, o Irã faz hoje um balanço otimista do primeiro aniversário do acordo nuclear assinado com seis potências mundiais.
A 16 de janeiro de 2016, os EUA e a UE (União Europeia) anunciaram a revogação de uma parte das sanções que há algumas décadas pesavam sobre o Irã. A revogação tornara-se possível depois que a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) atestou que Teerã havia cumprido as obrigações assumidas no acordo em torno do programa nuclear iraniano, assinado em Viena (14 de julho de 2015) entre o Irã e o P5+1 (os cinco permanentes do CSNU mais a Alemanha).
Por Amaury Porto de Oliveira*
O presidente Hassan Rouhani anunciou a abertura de uma “página dourada” na história das relações entre o Irã e o mundo, tamanha a importância do acordo nuclear alcançado no ano passado entre o país e o Grupo P5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e a Alemanha). Mas os desafios no enfrentamento à ingerência estadunidense e também europeia ainda não estão superados nesta complexa conjuntura internacional.
Por Moara Crivelente*
O Irã qualificou como "histórico" o acordo atingido, nesta terça-feira (14), em Viena, com seis potências mundiais para pôr fim ao impasse por seu programa nuclear e destacou que a partir de agora o país fica livre das sanções econômicas.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, ameaçou se retirar das negociações nucleares com o Irã, depois de outro atraso que desta vez pode complicar as negociações para implementar algum acordo. Os iranianos reagiram imediatamente, acusando os EUA e seus aliados europeus de causar o impasse.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, chegou em seu país como herói, sendo saudado por centenas de pessoas nas ruas no entorno do aeroporto de Mehrabad, onde desembarcou, nas primeiras horas desta sexta-feira (3) após o acordo conseguido com as o grupo 5+1 (formado por Estados Unidos, China, França, Reino Unido e Rússia, além da Alemanha) e que resultará no levantamento das sanções impostas ao país, além da manutenção da maior parte do programa nuclear iraniano.
O Irã e o grupo G5+1 (EUA, França, Reino Unido, Rússia, China e Alemanha) chegaram nesta quinta-feira (2) a um acordo de “parâmetros-chave” para o programa nuclear do país persa. Após o anúncio, o presidente norte-americano, Barack Obama, classificou o acordo de "histórico".
Os chanceleres do Irã e dos Estados Unidos, Mohammad Javad Zarif e John Kerry realizaram uma nova rodada de conversações na cidade alemã de Munique, dias antes da reunião do grupo de 5 nações (EUA, Reino Unido, Rússia, China e França) mais a Alemanha que pretende estabelecer um acordo para a questão nuclear iraniana.
A próxima 11ª ronda de negociações do sexteto com Teerã sobre “o problema nuclear iraniano” será, pelo visto, realizada em dezembro em Omã. É que nas conversações mais recentes, realizadas em 23 e 24 de novembro em Viena, não se conseguiu um acordo de regularização, sendo necessário continuar o processo negocial até 30 de junho de 2015.
Por Andrei Fedyachin*, na Voz da Rússia
O chanceler Serguei Lavrov e seu homólogo estadunidense, John Kerry, analisaram em Viena as negociações nucleares dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha com o Irã, confirmou nesta segunda-feira o Ministério de Relações Externas russo.
O Irã deu continuidade nesta sexta-feira (21), pelo quarto dia consecutivo, o diálogo com seis potências mundiais para tentar firmar um acordo final sobre seu programa nuclear antes do próximo dia 24, embora observadores aponteam a um acordo intermediário.