Há uma página das redes sociais com esse título. Assim mesmo: Brazil com Z e sem a vírgula do vocativo. Não é das mais visitadas, mas certamente é um dos muitos atores sociais que partidos e facções conservadoras vêm contratando como militantes virtuais para disseminar seu ódio político, social e racial, notadamente nesses tempos pré-eleitorais. Essa página, porém, diferentemente das outras, já expõe em seu título uma emblemática afirmação da sua militância reacionária.
A primeira condenação de Zé Dirceu deu-se quando lhe atribuíram responsabilidade pela eleição de Lula, e, provavelmente, por se temer que ele seria o candidato a suceder o retirante nordestino no comando da Nação. A segunda condenação de Zé Dirceu deu-se quando ele, já ministro do governo brasileiro, fez sua primeira visita à pátria da Revolução Cubana, pioneiro e emblemático movimento progressista, exemplo de conquista de soberania ante o mundo.
Liderança paroquial com pretensões de voo maior, sem ter, contudo, o menor rabisco de projeto para o País, além do comportamento político farsante, terá apenas o voo da galinha. Este é o conclusivo perfil que o tucanato paulista identificou em Eduardo Campos, a ponto de despachar seu próprio presidenciável, Aécio Neves, a Pernambuco para tentar afinar com o então governador o discurso (ou o não discurso) de oposição à reeleição da presidenta Dilma.
“Forças terríveis se levantaram contra mim…”, dizia Jânio Quadros, quando da sua renúncia, em 1961. “Forças” que, sabemos hoje, foram contrariadas pela revolucionária política exterior de soberania e independência, levada a cabo por San Tiago Dantas, ministro das Relações Exteriores de Jânio.
Já na faculdade, na militância contra a ditadura, por liberdade e democracia, era frequente enfrentarmos, além das botas e coturnos sujos do sangue, acerbadas discussões com os colegas defensores da nossa submissão aos interesses do expansionismo estadunidense. Um alinhamento automático com a banda ocidental e cristã do mundo. Em face da nossa firmeza ideológica, éramos rotulados como inocente útil.
Ouso fazer algumas reflexões sobre o texto a seguir de um incansável militante do bem, e poeta.
Vi essas cenas mais de uma vez. Soube depois que se tratava de uma rotina quase semanal nos primeiros tempos. Senhores elegantes, às vezes senhoras, a desembarcar das classes executivas e a sair pelas áreas vips do aeroporto Juscelino Kubistchek. Três a quatro carros pretos reluzentes, ladeados de batedores militares, em modernas Harley-Davidson.
Uma análise do chamado mensalão deve começar pelo pressuposto de que setores do bloco governista, logo após o processo eleitoral de 2002, usaram um mau hábito da baixa política eleitoral, o famigerado caixa 2, instrumento muito popular entre empresários do mundo inteiro, para burlar informações fiscais. E há muito tempo vem sendo utilizado na seara contábil política.
O filtro invisível: o que a internet está escondendo de você, livro de Eli Pariser, da Jorge Zahar (2012), mostra, com propriedade, como se dá a manipulação dos interesses do usuário na internet. Facebook, Amazon e Google são os sites que, pelos interesses que cada usuário expõe na web, sejam seus dados pessoais seja o tipo de busca ou postagem que costuma realizar, passam a lhe ofertar produtos relacionados tão somente a essa faixa de interesse.
É mais que emblemática a charge de Miguel nas páginas de opinião do Jornal do Commercio, do Recife, neste domingo. O senador Humberto Costa travestido de robô, o sangue a lhe escorrer pela mão estendida para Eduardo Campos, um governador visivelmente constrangido.
Há muito de Don Quixote nos caminhares do oitentão Alberto Dines. São muitos os moinhos de vento forjados em reinos alienígenas, trazidos em tempos de trevas pelas forças do mal, nativas, encasteladas onde possam se apoderar e usufruir.
“Talvez, na história da imprensa brasileira, nunca os autoproclamados grandes tenham sido tão pequenos em seu desamor à liberdade enquanto patrimônio coletivo, quanto naqueles tempos feios da ditadura que ajudaram a construir, pela conspiração ou pela conivência diante da censura”. A frase é de Flávio Aguiar, professor da USP, no livro Jornalistas e Revolucionários, de Bernardo Kucinski.