Não há surpresa na adoção da Lei Básica “Estado-Nação” pelo Parlamento de Israel, nesta quinta-feira (19). Mais importante nas manchetes do dia teria sido falar de continuidade, mas isto não seria fato noticioso.
Os pundits, ditos gurus opinólogos convidados por oligopólios midiáticos liberais, estão confusos. Buscam um quadro simples para narrar que ou os EUA “venceram” na reunião pela qual o mundo esperava, entre Kim Jong-un e Donald Trump, nesta terça-feira (12), em Singapura, ou que Trump entregou o jogo.
Sumud e sanaúd são alguns termos da resistência do povo palestino na luta por sua terra. Em árabe, significam, respectivamente, “resiliência” e a asserção do retorno (“voltaremos”) de mais de seis milhões de refugiados. Neste 15 de maio, a nakba, “catástrofe” palestina, completa 70 anos. Mas esta não é só uma data histórica, é a narrativa de um genocídio em curso.
Os brasileiros e brasileiras, partidos, intelectuais e diversas entidades mobilizam-se, contando com ampla solidariedade internacional, para o reforço da luta contra o golpe e o retrocesso histórico imposto por um governo ilegítimo e antipopular e, em específico, pelo direito do ex-presidente Lula de concorrer às eleições.
As forças progressistas da América Latina mobilizam-se em luta árdua contra uma elite virulenta e reacionária engajada na oportunidade fomentada pelo imperialismo estadunidense. Mas em todo o mundo, movimentos sociais, partidos, sindicatos, redes de solidariedade, intelectuais e governos progressistas discutem formas de fortalecer a resistência à agressividade com que a reação se apresenta, se impõe, invade e golpeia. A resistência e a alternativa.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) foi denunciada por diversos movimentos populares reunidos na capital belga, Bruxelas, às vésperas da sua cúpula, na quinta-feira (25), onde os líderes dos países membros arrogam-se o direito de deliberar sobre o futuro da humanidade. Participando dos eventos, o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) é parte na luta contra essa maquinaria imperialista e buscou evidenciar o impacto desta política na América Latina*
A falácia da modernidade com que (mal) maquia seus pretextos é nada mais do que isso, falácia. Que o golpe é a cara do conservadorismo mais servil ficou evidente na fatídica foto do governo usurpador macho, branco e fichado, ou suspeito. Depois do golpe institucional em si, é no golpe contra a CLT, a Previdência, a Educação ou a Política em geral que se evidenciam o projeto e a urgência da mobilização na resistência.
Há 56 anos, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a histórica “Declaração sobre a Concessão de Independência aos Países e Povos Coloniais”, almejando encerrar o capítulo vergonhoso de uma história de opressão, dominação e subjugação. Casos como o do Saara Ocidental, da Palestina e de Porto Rico continuam pendentes, porém, não sem obstinada resistência, respaldada por movimentos anticoloniais e anti-imperialistas construídos nessa luta.
Há décadas demais, afirmamos a solidariedade ao povo palestino com números e fatos que expõem objetivamente a ocupação israelense. Há refugiados, mortos e prisioneiros demais, mas nenhum número enfatiza o suficiente que apenas um homem, mulher ou criança sob ocupação é demais. Este 29 de novembro, Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, não seria diferente. Afinal, é a data em que, em 1947, a “partilha” lançou a chamada “questão palestina”.
Desde que engendrado o golpe de estado parlamentar-jurídico-midiático que marcou este nosso 2016 na história, lançando-nos de volta à luta elementar pela democracia, já discutíamos o que a realidade imposta aos brasileiros e brasileiras pelas forças reacionárias alojadas no Planalto nos traria também na dimensão internacional. Mas as notícias desta frente são constantes.
Não é recente a perseguição, por parte do governo de Israel, aos ativistas, acadêmicos e jornalistas que ousam denunciar e protestar contra as políticas que sustentam a ocupação da Palestina. Entretanto, o governo israelense estabeleceu no domingo (7) a equipe interministerial que formulará um programa para a deportação de ativistas. A crescente solidariedade internacional aos palestinos é taxada de “risco à segurança nacional”.
A Revolução Argelina, um importante marco histórico das lutas nacionalistas pela descolonização, completou 54 anos. Em julho de 1962, um referendo popular declarava o desejo dos argelinos pela independência da França, após oito anos de combates de registros cruéis, mas que findaram em heroica vitória. Resistentes e intelectuais deixaram verdadeiros legados à luta dos povos por emancipação nacional, na resistência à dominação estrangeira.