No dia 06 de agosto os eleitores amazonenses voltaram às urnas por conta do afastamento do então governador José Melo (PROS) e seu vice, Henrique Oliveira (Solidariedade), cassados pelo TSE por corrupção eleitoral e abuso do poder público.
Segundo a mitologia os zoombies são “mortos vivos”, seres que embora mortos continuam insepultos, atormentando nossas vidas.
Não há imagem mais perfeita para definir Michel Temer.
Concluímos, na ultima sexta-feira, dia 14, o I Seminário de Meteorologia e Climatologia do Amazonas. Foi um passo inicial no projeto de pesquisa que vamos trazer para a UFAM no sentido de disseminar e popularizar o uso de energia solar no Amazonas.
Aos que, compreensivamente, estão confusos com tão inusitada associação, eu já explico. Uma frase atribuída ao sábio francês Louis Pasteur asseverava que “a ciência não tem pátria, mas o cientista sim”. Assim como a justiça, que pode até ser “cega”, mas tem conteúdo de classe.
Apenas as pessoas muita ingênuas ainda tem dúvidas de quem planejou e executou o atual golpe no Brasil – e nos demais períodos históricos – bem como a pauta, a real motivação desse ataque contra a democracia.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o governador do Amazonas, José Melo (PROS), por compra de voto, abuso do poder econômico e, principalmente, por manifesta incompetência para o exercício do cargo.
O julgamento e a consequente absolvição de Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não traz nenhuma surpresa. Ao contrário. Apenas revela que o Estado – e seus aparelhos, naturalmente – nada mais são do que instrumentos de dominação da classe dominante, como bem demonstrado em A origem da família, da propriedade privada e do estado (Marx & Engels, 1884).
Diante do absoluto descontrole de parte do aparelho de estado, nunca o poema de Bertolt Brecht criticando a omissão coletiva diante do avanço e das arbitrariedades do nazismo foi tão atual.
Que o “governo” Temer chegou ao fim todos já sabem. Já age por impulsos e espasmos, na tentativa de ganhar sobrevida enquanto a nação se dilacera. A rendição é eminente, restando apenas decidir se ela será condicional ou incondicional.
Qualquer que seja a manobra política ou jurídica a que Temer recorra para se manter no cargo será apenas para prolongar a sua própria agonia. Seu “governo” chegou ao fim e, felizmente, sem conseguir viabilizar integralmente a agenda do golpe: parar as investigações, entregar o patrimônio público ao capital privado e retirar direitos sociais e trabalhistas do povo.
Após um ano de golpe é possível afirmar, sem ressalvas, que o “governo” de Temer é um dos mais desastrosos de nossa curta e errática experiência democrática.
Apesar do sistemático boicote dos meios de comunicação, a greve geral contra o “governo” Temer e as reformas anti-povo, foi coroada de êxito. Massiva de Norte a Sul do país, o que obrigou as forças conservadoras a secundarizarem a cobertura ou associa-la a baderna, caos e outros adjetivos de seu receituário conservador.