São nítidos os efeitos da crise econômica global no mundo esportivo. Há cerca de 20 anos, era impossível imaginar que a NBA, o torneio mais galático do mundo, ficasse paralisada, com seus principais atletas se espalhando pelo mundo para poder jogar basquete, e receber salários.
Após quase duas décadas de ostracismo, o Uruguai volta a dar sinais de vida no futebol. Foram 40 anos fora das semifinais da Copa do Mundo e 20 fora de, pelo menos, semifinais da Libertadores da América. O próximo desafio é a Copa América, onde o jejum dura 16 anos. E há tempos o Uruguai não chega tão bem cotado para a competição.
Em meio ao debate sobre os tais direitos de transmissão para todas as mídias e a ausência dos grandes estádios brasileiros, em virtude de obras para a Copa, começa o Campeonato Brasileiro de futebol. Se, do ponto de vista da bola, os campos fechados prejudicarão várias equipes, por outro lado, a guerra entre CBF e Clube dos 13 exposta pela intervenção da Globo pode acabar com o que há de mais divertido em nosso futebol.
Em tempo de Copa São Paulo de Futebol Júnior e Sulamericano Sub-20, ao passo que admiramos nossa nova geração de craques, chamamos tais torneios de “vitrines” para os jovens talentos do futebol brasileiro. Tanto para os empresários da bola, que observam os garotos como mercadorias, como para os próprios jogadores. E diante desta coisificação dos jogadores, agita-se o mercado.
O retorno de Ronaldinho Gaúcho ao futebol brasileiro tomou conta do noticiário esportivo nas últimas duas semanas. Um tanto pelo ato em si, mas muito pelo esforço dos clubes em pagar por Ronaldinho, e pagar caro! A mobilização das torcidas envolvidas, principalmente pela cobertura novelesca da imprensa, movimenta o consumo da notícia e dá retorno a emissoras de rádio e TV brasileiras ou não.
Eric Cantona sempre foi um craque considerado polêmico. Nos clubes por onde passou, colecionou suspensões e até problemas com a polícia. Foi cortado da seleção francesa, campeã mundial de 1998, por seu extenso “currículo”. Mas nunca deixou de falar o que pensava. Nada mais irritante à ordem. E como pensava…
A marcação do árbitro Sandro Meira Ricci de pênalti cometido pelo zagueiro Gil, do Cruzeiro, sobre Ronaldo, do Corinthians, provocou a ira do treinador Cuca e do dirigente Zezé Perrela. Desde a suspeição do árbitro, até a do próprio campeonato. Mas esse negócio chamado pênalti sempre provocou tal reação em quem, supostamente, ou não, o comete.
Depois de 7 anos, e um passeio pela Série C do Campeonato Brasileiro, o bicampeão brasileiro, Esporte Clube Bahia (1959/1988) está muito perto de voltar à elite do futebol. Aos torcedores, ou não, do tricolor baiano, o clube de maior torcida da Bahia pode retornar ao lugar de onde nunca deveria ter saído, se não fossem administrações desastrosas.
O inverno vai chegando ao fim, e os próximos 2 anos e meio serão um martírio. Como nós, torcedores, podemos viver por todo esse tempo sem o nosso coliseu do futebol? O Maracanã está fechado para as reformas de adequação às exigências da FIFA para a Copa do Mundo de 2014. E ainda não sabemos direito pra onde iremos, o que faremos…
Mano Menezes é o novo treinador da seleção. No discurso, na convocação e na exibição em seu primeiro amistoso, mostrou que as coisas estão mudando. Mas é preciso ter calma. Ainda é só o começo. Tanto pra torcida, como para o próprio Mano.