“Se quisermos pensar o Brasil, o desenvolvimento, a geração de empregos, a garantia dos direitos sociais e a democracia, é preciso ampliar, retomar o debate público e o próximo desafio passa pelas eleições municipais desse ano.”
O individualismo e a competição, inerentes ao capitalismo, devem ser substituídos pelo coletivismo e pela união das classes trabalhadoras.
A ditadura não será anunciada estampada em capas de jornais. Essa semana os jornais estão falando muito em ditadura, sinal que ela já está instalada faz tempo. Não adianta fechar os olhos e nem ter profissão de fé nas instituições, estamos em regime fascista.
Seguem os ataques de Jair Bolsonaro a imprensa cada vez mais ameaçadores e violentos, os alvos preferidos do Presidente são o jornal Folha de S. Paulo e o Grupo Globo. A chamada grande imprensa brasileira, que alimentou o ódio contra a política com os ataques irresponsáveis ao PT, colhe os frutos do fascismo.
A chegada de Jair Bolsonaro ao poder significou uma oportunidade para a direita de governar com votos e legitimidade, o que não acontecia há 16 anos. No entanto, as contradições no poder estão levando o governo a uma espiral de crises intermináveis, a economia não reage, e as instituições dançam à beira de um abismo perigoso, onde no fundo do poço se projeta um regime ditatorial.
Em entrevista ao Roda Viva, o governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB), mostrou todo o seu preparo para tratar dos temas de interesse nacional, avançou para além do discurso de oposição com propostas e alternativas para a saída da crise política e econômica, além de demonstrar a sua envergadura política e capacidade de diálogo para construir alianças.
Frente ampla é uma necessidade política em tempos sombrios. Partidos de esquerda se movimentam em busca de diálogo e amplitude para se formar uma frente de oposição concreta ao governo Bolsonaro e seus ataques contra a democracia e a Constituição.
Alguns setores da elite descobriram, somente agora, que não gostam de Jair Bolsonaro, porém para atacar o atual Presidente da República insistem na falsa comparação do regime fascista que se desenha de maneira mais clara, aos governos democráticos e populares da esquerda com Lula e Dilma, tudo isso para fazer nascer uma terceira via “moderada” para levar a frente a agenda neoliberal.
O governo Bolsonaro é contra a formação do pensamento crítico brasileiro. O Ministro da Educação deseja reduzir investimentos aos cursos de filosofia e sociologia, e o Presidente já endossou em seu twitter “a função do Governo é ensinar os jovens a ler, escrever e fazer conta”, ou seja, priorizando uma formação de mão de obra para as necessidades do mercado, sem dar capacidade a essa sociedade de refletir as condições políticas e sociais as quais estão submetidas.
Para implementar a sua agenda neoliberal e entreguista, a elite brasileira, após o golpe parlamentar de 2016, decidiu abraçar o fascismo como consequência da violência política contra a esquerda e seus governos democráticos e populares. O outro paralelo na história dessa união resultou na Ditadura Militar, sabemos como isso termina.
"Bolsonaro não tem compromisso com a diminuição da desigualdade, nunca tratou de políticas públicas para o enfrentamento da miséria e da pobreza, prefere tratar o pobre na bala do revólver e com encarceramento em massa, invés de colocar comida no prato, e dar oportunidade e proteção ao emprego".
Não cabe a setores da esquerda engrossarem e compactuarem com o discurso da direita. A tão famigerada autocrítica pedida ao Partido dos Trabalhadores virou o novo discurso de "corrupção na Petrobras", jargão para desmobilizar e segregar as forças progressistas.