General Mourão é substituído no Comando Militar do Sul
O general Antonio Mourão foi exonerado nesta quinta feira, 29, do Comando Militar do Sul e será substituído pelo general Edson Pujol, que foi comandante da Força de Paz da Missão das Nações Unidas pela EStabilização do Haiti (Minustah). Recentemente Moura insinuou que a presidenta Dilma teria envolvimento com corrupção e homenageou o o torturador Brilhante Ustra.
Publicado 30/10/2015 01:10 | Editado 04/03/2020 16:25
O general Mourão, ex-comandante do Comando Militar do Sul, sediado em Porto Alegre e que abrange o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, ficará fora de contato com a tropa e passará a exercer um cargo burocrático na Secretária de Economia e Finanças do Exército. Sua substituição faz parte de uma série de remanejamentos que o Exército promove em unidades militares de todo país.
A substituição do general seria apenas um ato de rotina se não fossem as suas recentes manifestações de caráter político. No dia 17 de setembro, ao proferir uma palestra no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR), na capital gaúcha, Mourão fez críticas aos políticos, a quem considerou privados de atributos intelectuais e de ideologia e os acusou de dominarem técnicas para iludir os eleitores.
Na mesma ocasião o militar afirmou também que a “mera substituição da PR (presidenta da República) não trará uma mudança significativa no status quo (… ) a vantagem da mudança seria o descarte da incompetência, má gestão e da corrupção”.
Outro episódio de caráter político envolveu o General Mourão foi a homenagem a Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandou o DOI-Codi em São Paulo no início dos anos 1970, que se notabilizou por ter sido um dos principais centros de tortura de presos políticos durante o regime militar. A homenagem a Ustra, falecido no último dia 15 de outubro, ocorreu na 3ª Divisão do Exército, sediada em Santa Maria (RS) e teria sido determinada por Mourão.
Do Portal Vermelho, com informações das agências