Campanha contra febre aftosa foi prorrogada no estado
A pedido da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), a campanha de vacinação contra a Febre Aftosa no Amazonas será prorrogada até o dia 15 deste mês para vacinação, em virtude da grande seca que atingiu vários municípios do Estado. A informação é do diretor da Comissão de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Codesav), Alexandre Araújo.
Publicado 02/12/2010 19:15 | Editado 04/03/2020 16:12
De acordo com Alexandre, o governo do Amazonas, através da Sepror, ao solicitar a prorrogação da campanha ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) argumentou que a seca dificultou o deslocamento de produtores para adquirir a vacina e também das equipes de fiscalização. Por conta da prorrogação da campanha, os pecuaristas terão novo prazo para fazer a declaração de vacinação: de 16 a 30 deste mês. A declaração é feita nos escritórios da Codesav e do Idam (Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas).
Segundo o diretor da Codesav, alguns municípios de terra firme já encerraram e outros estão por concluir a vacinação do rebanho. O problema são os municípios que têm o gado na várzea e foram atingidos pela seca. Todas as providências estão sendo tomadas, explicou Alexandre, para garantir a imunização de 100% do rebanho amazonense e avançar assim na classificação que evoluiu do status de risco desconhecido para alto risco de Aftosa, de acordo com a Instrução Normativa 25.
O Amazonas que já tem dois municípios classificados como área livre da doença. Boca do Acre e Guajará já cumpriram as orientações técnicas do ministério, inclusive com as providências que estão sendo tomadas para a realização do concurso público que será realizado no próximo semestre. “Nós não esperávamos, essa classificação é incompatível com o trabalho que foi realizado, fizemos cadastramento gel-referênciado de mais de 80% das propriedades com cobertura vacinal acima de 99%, estruturamos as unidades locais da Codesav com Veículos, Embarcações, Contratação de Médicos Veterinários e fizemos 3 agulhas oficiais e 2 sorologias,” afirmou Alexandre.
Por isso, o titular da Sepror, João Ferdinando Barreto, já entrou com um pedido de revisão dessa classificação, justificando que todas as exigências do Mapa foram cumpridas. Dessa forma, o Amazonas merece receber melhor classificação, inclusive porque outros Estados, a exemplo de alguns municípios como o vizinho Pará, deixaram de cumprir determinações do próprio Mapa e mesmo assim tiveram classificação superior à do Amazonas, de acordo com Ferdinando.
Fonte: Sepror