BA: Encontro discute políticas públicas para povos tradicionais

Começa nesta quarta-feira (9/12) e vai até sexta-feira o primeiro Encontro Estadual de Povos e Comunidades Tradicionais, que acontece em Salvador, no Hotel Sol Bahia, Patamares. No encontro, será aprovado o Plano de Desenvolvimento Sustentável de Povos de Comunidades Tradicionais, resultado dos seminários e ciclos de debates de quilombolas, indígenas, extrativistas, comunidades de fundo e fecho de pasto, povos de terreiro e ciganos, realizados este ano.

“A aprovação deste plano é exemplo de um governo que acreditou na competência dos segmentos e lideranças tradicionais. Eles foram responsáveis por esse processo de construção de política pública, a exemplo do desenvolvimento desse plano”, disse a coordenadora do Programa de Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais da Sedes, Ana Placidino. Segundo ela, esse plano vai gerar um tipo de desenvolvimento que torna mais digna a vida dos que sempre estiveram excluídos das políticas sociais.

Durante o evento também serão eleitos os 15 membros do conselho deliberativo das políticas voltadas para os segmentos tradicionais, de caráter paritário e cuja presidência ficará a cargo da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes).

Com este encontro, a Bahia protagoniza a reparação dos direitos dessas populações que foram negligenciados durante toda a história do Brasil. Sendo um país multicultural e multirracial, todos esses segmentos peculiares têm o direito a oportunidades idênticas.

“A gente espera que em 2011, a Bahia esteja consoante com a legislação internacional, criando aqui no Estado uma política específica de desenvolvimento social sustentável para povos e comunidades tradicionais”, disse.

A importância desses eventos, de acordo com Ana Placidino, é que eles estimulam a organização política desses grupos sociais. “O Estado, com esse procedimento, opta por um passo coletivo de empoderamento da proposição, elaboração e controle social das políticas voltadas aos povos tradicionais”, completou.

Fonte: Agecom