Aquecimento global derrete geleiras da China
Os glaciares que cobrem o planalto chinês de Qinghai-Tibete estão encolhendo cerca de 7% ao ano devido ao aquecimento global e isso pode gerar graves consequências ambientais, alertou a agência de notícias Xinhua nesta ter&cc
Publicado 02/05/2006 15:22
O aumento das temperaturas globais acelerou o derretimento dos glaciares no chamado "teto do mundo", o que pode transformar a tundra da região do Tibete em deserto, disse o professor Dong Guangrong da Academia Chinesa de Ciências.
Dong advertiu que a deterioração do planalto poderia provocar mais secas e tempestades de areia sobre o oeste e o norte da China.
Ele chegou a esta conclusão depois de analisar quatro décadas de dados das 681 estações climáticas da China.
Han Yongxiang, do Escritório Meteorológico Nacional da China, disse que as temperaturas médias no Tibete subiram 0,9 grau centígrado desde os anos 1980, acelerando o derretimento das geleiras e congelando a vegetação de tundra no planalto.
O planalto Qinghai-Tibet cobre 2,5 milhões de quilômetros quadrados — cerca de um quarto do território da China — e tem altitude média de 4.000 metros acima do nível do mar.
Tempestades de areia e poeira são um problema crescente, principalmente no norte da China, por causa do desflorestamento, da seca e da depredação ambiental causada pelo crescimento econômico chinês.
Em meados de abril uma forte tempestade de areia atingiu um oitavo do território chinês, levando 330.000 toneladas de poeira para Pequim, e chegando até a Coréia e o Japão.
Os chineses podem lançar em breve uma "previsão de poeira," disse uma autoridade da Administração Meteorológica da China.