Brasil levará uma década para alcançar nível de emprego pré-golpe
O Brasil precisará de pelo menos 10 para retomar o nível de emprego e renda alçado pelos governos Lula e Dilma. É o que revela o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) divulgado nesta quinta-feira (28) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
Publicado 29/06/2018 15:54
O IFDM de Emprego e Renda do país ficou em 0,4664 em 2016, 14,6% abaixo de 2013 (0,5461), ano que antecede o início da crise política que paralisaria o governo Dilma Rousseff, abrindo caminho para o golpe parlamentar que a retiraria do poder, em 2016.
Em 2014, o Brasil obteve a menor taxa de desemprego já registrada. Na média do ano, ficaram sem trabalho 4,8% dos brasileiros pesquisados pelo IBGE em seis regiões metropolitanas do país (Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Porto Alegre).
Mesmo se voltar a crescer 1,5% ao ano – a melhor média de crescimento da série histórica do indicador – o índice só voltará ao patamar de 2013 em 2027.
De acordo com a Firjan, em 2016 apenas 2.254 municípios registraram geração de empregos. Isso significa que 60% das cidades brasileiras fecharam postos de trabalho naquele ano, incluindo capitais e grandes centros econômicos.
No período da crise, mais de 3 milhões de postos formais de trabalho foram fechados no país. Este foi, segundo a entidade, "o fator decisivo para interromper a trajetória de desenvolvimento socioeconômico dos municípios".