Aulas sobre o ‘golpe de 2016’ já mobilizam 13 universidades
Pelo menos 13 universidades terão aulas destinadas exclusivamente ao estudo do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Professores dessas instituições ministrarão cursos e projetos de extensão sobre o período que classificam como “golpe de 2016”.
Publicado 05/03/2018 14:05

A primeira a anunciar foi a UnB (Universidade de Brasília). A disciplina “Tópicos Especiais em Ciência Política 4: O golpe de 2016 e a democracia”, do professor Luís Felipe Miguel, ficou lotada e com lista de espera. Leia a ementa divulgada.
Na UFBA (Universidade Federal da Bahia), 22 professores ministrarão a disciplina “Tópicos Especiais em História: O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”. Os docentes atuam em diversas áreas, como Sociologia, Economia e Química.
Um dos objetivos do curso é “entender os elementos de fragilidade do sistema político brasileiro que permitiram a ruptura democrática de maio e agosto de 2016, com a deposição da presidente Dilma Rousseff”. Leia a íntegra da ementa.
A UEPB (Universidade Estadual da Paraíba) dará 1 curso de extensão sobre o tema. Ele será coordenado pelo Grupo de Pesquisa sobre Ensino de Filosofia Marxista. Serão oferecidas 40 vagas para estudantes e professores da instituição.
Já na Unicamp (Universidade Estadual de –Campinas), 1 grupo de professores prepara 1 curso livre sobre o tema. Funcionará como 1 ciclo de palestras. Quem não é aluno da instituição também poderá se matricular e acompanhar as aulas.
Eis as universidades que terão aulas sobre o “Golpe de 2016”:
UnB (Universidade de Brasília);
UFBA (Universidade Federal da Bahia);
UFAM (Universidade Federal do Amazonas);
Unicamp (Universidade Estadual de Campinas);
UEPB (Universidade Estadual da Paraíba);
UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul);
USP (Universidade de São Paulo);
UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul);
UFC (Universidade Federal do Ceará);
UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte);
UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina);
UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora);
UFSJ (Universidade Federal de São João del-Rei).
A oferta provocou reação do ministro da Educação, Mendonça Filho. Ao Poder360, ele chegou a dizer que enviaria um ofício a vários órgãos de controle para que seja analisada a legalidade do curso oferecido pela UnB.
A CEP (Comissão de Ética da Presidência) abriu processo contra Mendonça Filho para ele explicar se ameaçou a autonomia da UnB ao anunciar o recurso contra a disciplina.