Publicado 26/07/2017 15:29

A taxa média de desemprego na região metropolitana de São Paulo, calculada pela Fundação Seade e pelo Dieese, foi a 18,6% em junho, ante 18,8% no mês anterior e 17,6% em junho de 2016. O índice ficou estável no mês, em nível elevado, mesmo com fechamento de vagas. Isso aconteceu porque houve saída de pessoas do mercado de trabalho.
O número de desempregados foi estimado em 2,077 milhões, 42 mil a menos em relação a maio. Foram fechados 59 mil postos de trabalho (-0,6%), enquanto 101 mil pessoas (-0,9%) saíram da população economicamente ativa (PEA). Na comparação com junho do ano passado, a PEA tem menos 141 mil pessoas (-1,2%), a região tem menos 228 mil ocupados (-2,4%) e mais 87 mil desempregados (4,4%).
De maio para junho, a taxa recuou para 15,4% na chamada sub-região Sudeste, que inclui o Grande ABC, e para 17,6% no município de São Paulo. Ficou estável em 19,9% na sub-região Oeste (Osasco, Barueri e outras cidades) e cresceu para 23,6% na Leste (Guarulhos, Mogi das Cruzes e outros municípios).
Entre os setores de atividade, foram eliminadas no mês 18 mil vagas na indústria de transformação (-1,3%), 56 mil no comércio/reparação de veículos (-3,4%) e 4 mil na construção civil (-0,7%). Seade e Dieese identificaram relativa estabilidade nos serviços, com mais 19 mil postos de trabalho (0,4%).
Em relação a junho do ano passado, todos os setores diminuíram a ocupação. A indústria cortou 136 mil vagas (-9,2%), os serviços fecharam 81 mil (-1,5%), a construção eliminou 14 mil (-2,3%) e o comércio/reparação de veículos, 13 mil (-0,8%).
Também na comparação anual, caiu o número de empregados com carteira assinada no setor privado: são menos 260 mil, queda de 5,1%. O total de autônomos cresce 10,4% nesse período, com mais 154 mil.
Entre abril e maio (nesse item, há defasagem de um mês), o rendimento médio dos ocupados cresceu 2,5%, para R$ 2.004. Em 12 meses, caiu 0,7%.