Gilmar Mendes diz que só vota financiamento após reforma política
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes voltou a afirmar nesta sexta-feira (24) que vai continuar engavetando a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) sobre o financiamento privado de campanhas eleitorais até que o Congresso defina sobre a reforma política. O ministro fez uma palestra sobre justiça criminal em São Paulo.
Publicado 24/04/2015 13:54
“A ação voltará ao plenário, estamos examinando todos os aspectos. É uma matéria bastante complexa, talvez estejamos dando uma resposta muito simples. Nós temos que saber antes o que o Congresso está discutindo, qual é o modelo eleitoral, para saber qual é o modelo de financiamento adequado”, disse o ministro.
Há um ano Gilmar Mendes pediu vistas do processo e, apesar de 6 votos a favor e um contra 1, ou seja, voto vencido, o ministro do Supremo Tribunal Federal retém o processo sem dar resposta.
Entidades e movimentos sociais criticam essa demora, ao alegar que a medida representa uma obstrução, pois seis dos dez ministros votaram pelo fim da doação de empresas a políticos. O ministro disse que esses "votos são provisórios" e, portanto, acredita numa mudança do resultado da votação.
Pedido de vista no STF foge à regra