"Apesar das provocações da mídia, vai ter Copa!" diz Fonteles

De Belém do Pará, Paulo Fonteles Filho, 42 anos, pesquisador e membro do PCdoB desde 1987, participa da sessão “Militância na Copa” e conta ao Portal Vermelho sua história de amor pelo futebol e quais são suas expectativas para a Copa do Mundo no Brasil.

Paulo Fonteles

Segundo Paulo, quem desqualifica o evento no país é uma elite que joga contra o povo: “Percebo que, apesar das provocações da grande mídia e da direita travestidas como discursos 'esquerdistas', há um grande envolvimento popular para que tudo dê certo, e que façamos um grande evento esportivo e que, enfim, a Seleção dê um banho de bola”, afirma.

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Em relação ao que o Brasil terá de ganho por intermédio da Copa, o militante faz uma reflexão histórica: “Como na década de 1950, cujo legado foi o Maracanã, palco maior do futebol brasileiro, o evento tem efetivamente esse desdobramento para a vida dos brasileiros, porque além de gerar centenas de milhares de empregos diretos e indiretos, intervém nas questões urbanas, resolvendo gargalos antigos nos transportes, na acessibilidade e na infraestrutura aeroviária do país. Esses legados são imprescindíveis para o nosso futuro”.

Paulo demostra ter uma boa memória em relação aos jogos que o Brasil disputou: “Em 1994, vi nosso time ser campeão na Copa dos Estados Unidos, vi também a Seleção de 1982, aquele timaço de Zico, Sócrates e Falcão. O dia da derrota para a Itália no Sarriá foi terrível e até hoje vive em minhas lembranças. Foi uma pena o que houve, mas os 'deuses do futebol' são incompreensíveis em suas decisões”.

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Quando o assunto é o time do coração, Paulo Fonteles declara sua paixão: “Sou fanático pelo maior do norte, o Paysandu. Nunca me esqueço da primeira vez que fui ao estádio, no Mangueirão, decisão do Campeonato Paraense de 1982. Fomos tricampeões em cima do maior rival. Fomos, eu e meu irmão, Ronaldo, levados pelo nosso pai que também adorava futebol e era do 'papão' de carteirinha. Aliás, todos em casa são, minha mãe é torcedora de radinho”.

O militante vai assistir a Copa com a família e amigos: “Fazemos barulho, tomamos cervejas e fazemos do futebol, um momento de união entre nós”, conclui.

Laís Gouveia da Redação do Portal Vermelho