Protestos na Ucrânia intensificam-se contra o governo interino
O Ministério do Interior da Ucrânia lançou uma operação que denominou “contra-terrorista” na cidade de Kharkov, no leste do país, bloqueando o centro urbano, de acordo com o ministro Arsen Avakov. Ao menos 70 ativistas separatistas foram presos na segunda-feira (7), em um protesto com a tomada dos prédios públicos. No fim de semana, diversas manifestações contra o governo interino ucraniano foram registradas.
Publicado 08/04/2014 09:29
Os manifestantes de Kharkov, a segunda maior cidade da Ucrânia, tomaram o controle do prédio da Administração Regional do Estado no início do dia, na segunda-feira (7), após proclamarem a independência da região.
A polícia teria usado munições, granadas de efeito moral e gás lacrimogênio para afastar a multidão do edifício. Em respostas, manifestantes lançaram vários coquetéis Molotov e atearam fogo em uma pilha de pneus. O fogo logo se alastrou pelo térreo do edifício.
Os ativistas no local disseram que os oficiais que usaram a força tinham sido enviados desde o Ocidente da Ucrânia. De acordo com testemunhas, a violência foi inicialmente provocada por um grupo específico.
No início do dia, manifestantes favoráveis à adesão à União Europeia – questão que esteve no início dos protestos no ano passado, e que instalou o governo interino de forma inconstitucional e antidemocrática – entraram em confronto com os que demonstravam apoio à federalização da Ucrânia.
Outros manifestantes contra o golpe que instituiu o novo governo proclamaram, também na segunda-feira, a criação da República Popular de Donetsk depois e tomar o prédio local da administração.
A situação continua tensa na cidade portuária de Mariupol, na região de Donetsk, onde ativistas favoráveis ao papel da Rússia, no sábado (5), invadiram o prédio do Escritório da Promotoria exigindo a libertação do "prefeito do povo", Dmitry Kuzmenko, que está detido.
Um protesto contra a repressão política na Ucrânia também está sendo mantido no centro regional do sul, Odessa. Os confrontos também eclodiram em outra cidade do sul, Nikolaev, quando ao menos 300 manifestantes tentaram ocupar o prédio da administração civil.
Da Redação do Vermelho,
Com informações da emissora Russia Today