Prefeitura de São Paulo irá incentivar hortas coletivas

A prefeitura de São Paulo irá incentivar a criação de hortas urbanas para dar vazão ao lixo orgânico produzido na cidade. Atualmente, 52% de todo o resíduo jogado no lixo na cidade é orgânico, totalizando 6.300 mil toneladas por dia. Apesar de ter impacto menor no meio ambiente, esse tipo de resíduo ocupa espaço precioso em aterros.

Em texto do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIR) apresentado na última qurta-feira  (2), a prefeitura admite que, se nos resíduos secos as iniciativas do município são de pequeno impacto, nos orgânicos “praticamente inexistem” e por isso prevê a distribuição de composteiras para que cidadãos façam a compostagem dos restos de comida, a utilização deles em hortas comunitárias e a distribuição do adubo natural para agricultores. A meta é que todas as feiras estejam integradas a esse sistema até o final de 2016.

Ainda este ano, duas mil famílias irão receber os equipamentos, assistência técnica e acompanhamento para testar o modelo. O plano estima que o uso de compostagem em apenas 4,3% das terras agrícolas situadas em um raio de 50 quilômetros ao redor da capital seja suficiente para dar destino adequado a todo o material que antes ia para os aterros.

A coleta do material orgânico também será feita nas 883 feiras livres semanais da cidade, que produzem, cada uma, cerca de uma tonelada de resíduos.

Segundo o secretário de Serviços, Simão Pedro, em São Mateus, na zona leste da cidade, o modelo já vem sendo testado. “Colocamos contêineres, packs, com um trabalho de cooperação dos feirantes, recolhemos o material e levamos para um terreno na região – o que já economiza transporte – e começamos a fazer compostagem orgânica e distribuir para os agricultores”, afirmou.

Para os domicílios, o objetivo é de que, até 2033, 37% deles tenham coleta seletiva de orgânicos, mas que 33% de todo o resíduo orgânico produzido seja retido pelos próprios produtores para adubagem em pequenas hortas domésticas ou comunitárias.

O plano integrado prevê a instalação de três unidades de tratamento mecânico biológico por biodigestão anaeróbica para transformar o resíduo orgânico em biogás e biofertilizante entre 2018 e 2019.

Fonte: Rede Brasil Atual