Prefeitura de São Paulo irá incentivar hortas coletivas
A prefeitura de São Paulo irá incentivar a criação de hortas urbanas para dar vazão ao lixo orgânico produzido na cidade. Atualmente, 52% de todo o resíduo jogado no lixo na cidade é orgânico, totalizando 6.300 mil toneladas por dia. Apesar de ter impacto menor no meio ambiente, esse tipo de resíduo ocupa espaço precioso em aterros.
Publicado 04/04/2014 12:43
Em texto do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIR) apresentado na última qurta-feira (2), a prefeitura admite que, se nos resíduos secos as iniciativas do município são de pequeno impacto, nos orgânicos “praticamente inexistem” e por isso prevê a distribuição de composteiras para que cidadãos façam a compostagem dos restos de comida, a utilização deles em hortas comunitárias e a distribuição do adubo natural para agricultores. A meta é que todas as feiras estejam integradas a esse sistema até o final de 2016.
Ainda este ano, duas mil famílias irão receber os equipamentos, assistência técnica e acompanhamento para testar o modelo. O plano estima que o uso de compostagem em apenas 4,3% das terras agrícolas situadas em um raio de 50 quilômetros ao redor da capital seja suficiente para dar destino adequado a todo o material que antes ia para os aterros.
A coleta do material orgânico também será feita nas 883 feiras livres semanais da cidade, que produzem, cada uma, cerca de uma tonelada de resíduos.
Segundo o secretário de Serviços, Simão Pedro, em São Mateus, na zona leste da cidade, o modelo já vem sendo testado. “Colocamos contêineres, packs, com um trabalho de cooperação dos feirantes, recolhemos o material e levamos para um terreno na região – o que já economiza transporte – e começamos a fazer compostagem orgânica e distribuir para os agricultores”, afirmou.
Para os domicílios, o objetivo é de que, até 2033, 37% deles tenham coleta seletiva de orgânicos, mas que 33% de todo o resíduo orgânico produzido seja retido pelos próprios produtores para adubagem em pequenas hortas domésticas ou comunitárias.
O plano integrado prevê a instalação de três unidades de tratamento mecânico biológico por biodigestão anaeróbica para transformar o resíduo orgânico em biogás e biofertilizante entre 2018 e 2019.
Fonte: Rede Brasil Atual