Otan assume formalmente comando da agressão contra Líbia
O Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan) assumiu formalmente nesta quinta-feira (31) o comando da agressão militar contra a Líbia e também a responsabilidade absoluta dos bombardeios perpetrados contra essa nação do norte da África desde o dia 18 de março.
Publicado 31/03/2011 13:26
Fontes da Otan indicaram que a formalidade desta quinta-feira marca um novo capítulo no processo de transmissão empreendido no início da semana para que a organização ocupe o lugar da coalizão internacional.
"Protetor Unificado" é o nome fantasia da missão de agressão que agora é liderada pelo pacto atlântico, para dar continuidade aos ataques lançados contra território líbio com os Estados Unidos, o Reino Unido e a França à frente.
A porta-voz da Otan, Oana Lungescu, confirmou que os países da coalizão internacional iniciaram na segunda-feira a transferência de seus equipamentos aéreos e navais para colocá-los à disposição do pacto militar.
Como concordaram no domingo os aliados, a operação será dirigida pelo general canadense Charles Bouchard, a partir do centro de comando regional de Nápoles (no sul da Italia).
O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, negou nesta quinta-feira que a missão pretenda "armar os rebeldes líbios", algo que os governos de Washington e Londres não descartam.
A Otan intervém militarmente "para proteger o povo líbio, não para armá-lo", sublinhou Rasmussen após lembrar que a agressão a este país árabe está amparada em um resolução do Conselho de Segurança da ONU.
O dispositivo foi aprovado dois dias antes do início dos ataques e contempla uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, sob o pretexto de "proteger os civis" diante da crise política desatada nessa nação.
Por outro lado, o governo de Trípoli denunciou que os bombardeios aliados ocasionaram até o momento a morte de cerca de 150 civis e ferimentos a milhares de pessoas, assim como perdas materiais milionárias.
Com informações da Prensa Latina