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Fora do campo, Fluminense é uma empresa às portas da quebradeira

Os torcedores do Fluminense vão comemorar o título por um bom tempo. Mas fora dos gramados o tricolor das Laranjeiras ainda terá que suar para ganhar o topo no ranking dos clubes com melhores resultados administrativos e financeiros do país.

Hoje o Fluminense é um clube em delicada situação financeira. Se fosse uma empresa, possivelmente teria quebrado. Entre os 20 clubes do futebol brasileiro com maiores receitas, o Fluminense ocupa a penúltima posição, só à frente do Vasco da Gama, quando se analisa o resultado dos dois últimos exercícios (2008 e 2009), segundo estudo da Crowe Horwath RCS.

Em dois anos, o clube acumulou déficit de R$ 73,4 milhões — R$ 43,2 milhões em 2008 e R$ 30,2 milhões em 2009. O Fluminense também é o clube de futebol com maior dívida do Brasil — de R$ 329,2 milhões em 2009.

Os números do terceiro trimestre mostram que houve uma melhoria da liquidez, do dinheiro em caixa, mas registrou-se uma piora no endividamento. Em setembro, o patrimônio do Fluminense estava negativo em R$ 80,7 milhões. "A dívida do clube está crescendo", diz Amir Somoggi, diretor da Esporte Total, consultoria em gestão esportiva da Crowe Horwath RCS.

O novo presidente eleito do Fluminense, Peter Siemsen, definiu um plano para reduzir a dívida e aumentar as receitas. Planeja começar a pagar encargos retidos (IR e INSS) e dívidas trabalhistas, aumentar o número de sócios, renegociar empréstimos bancários, vender propriedades, discutir os direitos de TV para 2012 e reduzir o elenco de 40 jogadores profissionais.

Da Redação, com informações do Valor Econômico