Alckmin desmente Jereissati sobre sair para prefeito de SP
O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), desmentiu nesta terça-feira (27), em Santos (SP), o presidente nacional do seu partido, senador Tasso Jereissati (CE). Tasso considerou “inevitável” a candidatura de Geraldo Alckmin à Prefeitura de São
Publicado 27/03/2007 13:32
Tasso Jereissati lançou seu correligionário para prefeito na segunda-feira. “Eu acho que é inevitável a candidatura de Geraldo Alckmin à Prefeitura de São Paulo”, afirmou, em Fortaleza, na posse do ex-deputado estadual Francini Guedes, na presidência do PSDB-Ceará. Mas não mostrou a mesma certeza sobre a possibilidade de Alckmin o suceder como presidente do PSDB: “Isso ainda tem muita coisa para discutir”, desconversou.
Reduto cearense enfraquecido
O presidente nacional tucano está enfraquecido em seu reduto cearense, e pode perder a presidência quando o partido renovar sua direção, na Convenção marcada para setembro deste ano. O PSDB-Ceará só elegeu cinco deputados federais em 2006, contra oito em 2002, e as defecções pós-eleitorais reduziram a bancada para dois. Daí o interesse em convencer Alckmin de distupar a prefeitura de São Paulo.
Tarso explicou a situação do Ceará dizendo que “o partido estava no governo, agora está na oposição e as características são bastante diferentes. Agora vou ajudar a refundar o partido no Ceará, inaugurando um novo ciclo de vida do PSDB aqui”, prometeu.
De volta para os EUA
Já Alckmin se esquivou de compromissos, seja sobre a prefeitura, seja sobre a presidência do partido. “Ainda não tem nenhuma decisão em relação à capital (paulista). O PSDB certamente vai ter candidato próprio e nós vamos escolher juntos o candidato. Eu vou ajudar o Brasil inteiro”, desconversou, depois de uma palestra na Universidade Metropolitana de Santos.
Em entrevista à Rádio Jovem Pan, o ex-governador também disse que não tem a indicação de seu nome para a prefeitura como projeto pessoal. “Ainda é muito cedo para discutir esse tema este ano. Vou voltar domingo para a Universidade de Harvard e só volto (ao Brasil) em junho.” Ele está fazendo um curso na univeridade estadunidense, como forma de resguardar-se de desgastes políticos.
“No entanto, fico muito honrado com a generosidade do meu presidente”, agregou Alckmin. Ele já foi candidato a prefeito de São Paulo, nas eleições de 2000, quando não teve o mesmo desempenho obtido em sua Pindamonhangaba natal. Ficou com 17% dos votos no primeiro turno, atrás de Marta Suplicy (PT) e Paulo Maluf (PP).
Também sobre a presidência do partido, Geraldo Alckmin desconversou. “Eu vou ajudar o PSDB, não precisa ser como presidente. Política é serviço e é tão patriótico ser governo como ser oposição”, disse. Ele viaja nesta quarta-feira a Brasília, para participar do encontro da Executiva Nacional da legenda.
Da redação, com agências