Tucanos atacam metroviários de SP; Sindicalista depõe na PF

O presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Flávio Godoi, foi intimado a comparecer no cartório da Delegacia de Defesa Institucional da Polícia Federal, sediada na capital paulista. Godoi vai depor na tarde desta terça-feira (14/11), para jus

Os metroviários analisam o depoimento como mais um gesto da repressão que os tucanos impuseram no governo paulista. Pela greve, a diretoria executiva do sindicato foi citada em ações impetradas pelo Ministério Público Estadual e Procuradoria Geral do Estado.


 


Godoi também está sendo processado com o diretor de Imprensa da entidade, Manuel Xavier Lemos Filho, por conteúdo publicado no jornal Plataforma nº 493. Para completar o processo de intimidação, o Metro News se recusou a encartar a última edição do Jornal do Usuário, que denunciava as privatizações do Metrô e da Sabesp.


 


“Estas ações comprovam que o Metrô e governo do estado querem impedir os metroviários de lutar pela garantia de seus direitos e de toda a população. Querem criminalizar a luta da classe trabalhadora, tratando-a como 'caso de polícia'”, acusa o sindicato, por meio de um informe.


 


Histórico
O centro da queda de braços entre o Metrô e o sindicato é a privatização da famosa linha 4 do Metrô paulistano – a primeira a ser entregue à iniciativa privada por uma Parceria Público-Privada (PPP) do governo paulista.


 


A greve de 15 de agosto teve o apoio de cerca de 70% da opinião pública pesquisada. Essa luta que se insere numa linha de combate às privatizações tucanas, condenadas igualmente durante o segundo turno das eleições presidenciais. O deputado estadual


 


O deputado estadual Renato Simões (PT-SP) recebeu o apelo do presidente da Federação Nacional dos Metroviários, Wagner Fajardo, para acionar novamente a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa (Alesp). O motivo: violação dos direitos de organização sindical e de greve consagrados na Constituição e nos tratados internacionais de direitos humanos subscritos pelo Brasil.


 


Simões realiza esse trabalho em conjunto com o também deputado estadual Nivaldo Santana (PCdoB), na Comissão de Relações do Trabalho da Alesp.


 


De volta às privatizações
“Os metroviários sabem muito bem que, sob o nome duvidoso de PPP, o que está em jogo é a retomada do programa de privatizações do governo, dado como encerrado por Geraldo Alckmin em 2002 e retomado graças à falência do ajuste fiscal promovido pelos tucanos em São Paulo”, afirma Renato Simões.


 


O parlamentar petista vai além: “Venda de patrimônio público do Metrô, da Nossa Caixa, da Sabesp e de outras empresas menores do Estado, na esteira da venda da CTEEP, é o que se espera do novo governo Serra em São Paulo a partir de 2007”.


 


Da Redação,
com Portal do PT