PCdoB vai insistir na reforma política
O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) se recusa a analisar a proposta de fusão com qualquer outra agremiação. A declaração é do presidente do diretório cearense da agremiação Carlos Augusto Diógenes, ao informar que o seu partido está disposto a lutar con
Publicado 06/11/2006 10:14
A executiva nacional do PCdoB está com uma reunião marcada para o dia 10 de novembro. Além de questões de interesse interno serão definidas as estratégias para a campanha que pretende desenvolver, juntamente com outras agremiações, contra as cláusulas de barreiras.
Carlos Augusto Diógenes diz que o seu partido há anos desenvolve uma batalha por uma reforma política e democrática. Reconhece que o PCdoB não atingiu as cláusulas de barreira, mas não se trata de uma sigla de aluguel porque é uma legenda com um perfil ideológico bem definido e claro.
Ele faz questão de ressaltar também que pertence a um partido político inserido em todos os segmentos da sociedade, que desenvolve as suas atividades dia a dia e todos os seus parlamentares são frutos do trabalho de militância que desenvolve.
Para ele o sistema político brasileiro faliu e precisa de uma reforma. Argumenta ainda que a reserva de partidos que está sendo criada com as cláusulas de barreiras não resolve. Também assegura que o PCdoB, com uma história de 85 anos de luta contra o retrocesso da democracia, não vai ficar parado e está com forças para travar o bom combate. “É claro que desta vez será uma luta diferente da que foi travada contra os regimes de ditadura”.
A reforma política que o partido prega defende pontos polêmicos e de difícil entendimento no âmbito do Congresso Nacional em função dos interesses particulares de alguns parlamentares e de partidos políticos. A lista pré-ordenada de candidatos, a fidelidade partidária e o financiamento público das campanhas eleitorais são alguns dos pontos de uma reforma política defendidos pelos comunistas.
No entendimento de Carlos Augusto Diógenes é preciso fortalecer os partidos políticos. “Se um parlamentar não está atendendo a orientação partidária o partido deve ter autoridade para tirá-lo, a fim de que possa entrar outro”.
Ele assegura que o Partido Comunista do Brasil não vai se fundir com nenhuma outra agremiação porque “temos uma marca própria”. Informa também que não existe no Congresso Nacional brasileiro nenhuma outra agremiação com a qual possa se fundir porque o perfil dos outros é diferente, os outros partidos não são comunistas.