Rússia e China se opõem a pressões contra Irã
Diplomatas da Rússia e da China revelaram hoje em Teerã que não apoiarão sanções ou ações militares contra o programa nuclear iraniano, revelou o ministro das Relações Exteriores iraniano, Man
Publicado 02/05/2006 17:12
Os dois países, mais Estados Unidos, França, Reino Unido — membros do Conselho de Segurança da ONU — e ainda a Alemanha reúnem-se hoje em Paris para discutir outra medida para forçar legalmente o Irã a parar o seu programa de enriquecimento de urânio, após a decisão do país na última sexta-feira de prosseguir com seu programa nuclear.
Na semana passada, o Irã deixou passar o prazo dado pelo Conselho de Segurança da ONU para a suspensão do enriquecimento de urânio. Hoje, em Paris, os diretores dos cinco países membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia) e da Alemanha debatem os passos a dar após a divulgação, sexta-feira, de um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre o Irã.
Na semana passada, o Irã deixou passar o prazo dado pelo Conselho de Segurança da ONU para a suspensão do enriquecimento de urânio. Hoje, em Paris, os diretores dos cinco países membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia) e da Alemanha debatem os passos a dar após a divulgação, sexta-feira, de um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre o Irã.
Nas negociações à porta fechada, os seis países devem discutir se a resposta da ONU deve envolver uma ameaça de sanções. Os Estados Unidos, França e Reino Unido defendem o recurso ao Capítulo 7 da Carta da ONU, invocado em caso de ameaça à paz e que pode abrir a porta a sanções, enquanto a Rússia e a China pretendem manter o texto menos duro, que permita continuidade de negociações.
Pequim e Moscou defendem que uma resposta mais dura certamente conduzirá o Irã a romper relações com a AIEA. Tal acontecimento interessaria à administração de George Bush, que incute na discussão uma não comprovada intenção iraniana de desenvolver armas nucleares com o projeto.
A reunião de hoje abre caminho a um encontro, na próxima terça-feira, em Nova York, dessa vez dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos seis países. O Conselho será reunido formalmente após essas discussões sobre o novo texto.
O Irã sustenta que seu programa nuclear se destina unicamente à produção de energia elétrica, mas os Estados Unidos e outras potências ocidentais temem que Teerão pretenda fabricar armas nucleares.
O diretor da agência de energia atômica iraniana revelou hoje que o programa de enriquecimento de urânio fabricou combustível enriquecido a 4,8% e que não ultrapassará a barreira de 5%, mantendo o trabalho de enriquecimento restrito ao utilizado para fabricar combustível para usinas nucleares de energia elétrica.
Especialistas afirmam que o urânio enriquecido entre níveis de 3% a 5% é de baixa potência e serve apenas para reatores nucleares. Para ser utilizado em armas atômicas o urânio precisaria ser enriquecido além de 80%, o que a AIEA não viu acontecer em nenhuma ocasião desde que foi iniciado o processo de fabricação de combustível nuclear.
Com agências internacionais