Piauí é incluso na rota internacional do turismo

A equipe conheceu Sete Cidades, em Piracuruca, Luís Correia, o aeroporto internacional de Parnaíba, o Delta, as praias de Atalaia, Coqueiro, Maramar, Barra Grande e Macapá, além da Lagoa do Portinho, os hotéis da região e o início das obras do Projeto Orla, que vai padronizar as barracas da praia de Atalaia. Em Teresina, eles conheceram as instalações dos hotéis, fizeram um city tour por Teresina e foram ao Encontro dos Rios.

Eles participaram de duas rodadas de negociação com donos de hotéis, uma em Teresina, no Rio Poty Hotel, e outra em Parnaíba realizada na Pousada dos Ventos.
“Acho que essa é a ultima fronteira a ser desenvolvida no país”, diz Bernardo Gontijo, da operadora Belo Internacional Tours. Em Sete Cidades ele se encantou com a paisagem e com o amor com que os guias vendem o “produto”. “Vou dá uma oportunidade a dois guias que conheci em Sete Cidades, eles iram passar 32 dias percorrendo o Brasil com nossa equipe. Eles vendem bem Sete Cidades e o Piauí porque amam e acreditam naquilo que vendem e com certeza eles também são apaixonados pelo Brasil”, diz o empresário.

A jornalista Teresina Oliveira, da revista Brasilturis, também foi taxativa ao afirmar que " Deus foi generoso com o Piauí, dando-lhe tanta beleza até então, inexplorada. Vou escrever minha matéria abrindo manchete com o título: conheça o Piauí antes de morrer", brinca.

Das nove operadoras de turismo dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, duas já vendem o Piauí em seus pacotes: a Ambiental Expedições e a Freeeway Brasil. “O Delta do Parnaíba é um produto que pode ser vendido para qualquer público, pois o encontro do mar com o Rio Parnaíba encanta. Sete Cidades já é para um público mais especifico”, diz Silvia Coimbra de Sá, da Designer Tours.

De acordo com a coordenadora do Caravana Brasil, Jurema Monteiro, a caravana tem como propósito apresentar roteiros com potencial, mas, ainda pouco explorados. O projeto tem dois formatos: trazer operadores brasileiros que fazem contato no exterior para conhecer alguns roteiros dentro do país e num segundo momento trazer operadores internacionais para conhecer o Brasil. “Sempre digo que a Caravana não é uma foto, mas um filme pois é algo que acontece a médio e longo prazo”, diz Jurema.

O diferencial são as pessoas. Serviço de qualidade você encontra em qualquer lugar, mas essa paixão não se encontra em todo lugar. Esse calor humano contagia”, diz Lucia Assumpção, da operadora Brazilian Incentives & Tourism (BIT), anunciando que vai fazer uma recotização de seus roteiros para incluir o Piauí entre os produtos da empresa.
A previsão é que o estado esteja nos pacotes da BIT já no mês de agosto. “Acho que este é um momento de adaptação, onde a hotelaria deve passar por uma padronização para que fique compatível com o nosso público que é o mercado americano e europeu”, diz ela.

Entre as adaptações os operadores apontam a necessidade do inglês tanto dos funcionários dos hotéis quanto de outros profissionais que lidam direto com esse publico como guias. “Há deficiências sim nesse aspecto, mas há ainda maior a certeza de que se isso for sanado esse é um roteiro que tem futuro”, diz Lúcia, lembrando que os serviços de hotelaria também devem passar por uma padronização.

“O mais difícil é fazer o produto conhecido, a Caravana é o primeiro passo mas é preciso investir nisso”, diz José Roberto Costa, da Blumar, uma das maiores operadoras de receptivo internacional no Brasil. Além das operadoras também acompanhou a caravana, a assessora da Infraero, Mariana Carvalho, uma equipe do Ministério do Turismo e Embratur, um representante da auditoria da Embratur e duas jornalistas. “Fiquei feliz em saber que além do Delta há outras opções a serem exploradas”, diz Marcela Duarte, que está fazendo a cobertura para o Correio Brasiliense, sucursal do estado de Minas Gerais.