A direção nacional do PT aprova o lançamento de uma chapa própria do partido nas eleições deste ano para o governo do Estado, mas está claro para as lideranças estaduais que o presidente Luiz Inácio Lula poderá não ser exclusivo da sigla no Paraná, se ele confirmar o projeto de reeleição. O palanque do governador Roberto Requião (PMDB) ainda é uma possibilidade acalentada pelo PT nacional, que trabalha com a expectativa de ter o PMDB a seu lado na sucessão presidencial.
Com a aprovação de uma política de alianças das mais amplas, apenas PSDB e PFL estão excluídos. No 13.º encontro nacional do PT, realizado em São Paulo, o PMDB está oficialmente na mira do partido para uma aliança em torno da reeleição de Lula. “O palanque do Lula no Paraná estará aberto a quem vir a apoiar a reeleição do presidente. Não há nenhum problema em ter no Paraná um palanque duplo ou triplo para o Lula. Ele terá todas as condições de receber o apoio de outras forças, seja o Osmar Dias ou o Requião”, afirmou ontem o presidente estadual do PT, deputado André Vargas. Junto com outros presidentes do PT nos estados, Vargas conversou com Lula e o presidente nacional da sigla, Ricardo Berzoini, no final de semana, em São Paulo, onde o PT fez o seu 13.º encontro nacional.
A direção do PT e outras lideranças estaduais afastam a hipótese de terem que se dobrar a uma ordem de cima para retirar a candidatura do senador Flávio Arns ao governo e apoiar a reeleição de Requião, se houver acordos entre os dois partidos nacionalmente. “A candidatura do Flávio é irreversível. Não há nenhum tipo de pressão e se o Requião quiser apoiar o Lula, não tem problema”, afirmou Vargas.
Redação O Estado Paraná