Para Ynaê Lopes, “Palmares é um cancro no meio da história brasileira”
Bolsonaro acaba de nomear para presidente da Fundação Palmares um desconhecido que atende pelo nome de Sérgio Camargo, que disse que não existe racismo no Brasil, que acha que deve ser extinto o Dia Nacional da Consciência Negra, que insulta Zumbi, Marielle, Martinho da Vila e figuras notáveis da resistência negra no Brasil, que é contra a apolítica de cotas e que acha que o movimento negro deve ser extinto.
Por Haroldo Lima*
É bom não estranhar quando você for às bancas de jornal. Os super-heróis estrangeiros continuam nas principais histórias em quadrinhos consumidas no Brasil. Mas personalidades genuinamente nacionais, como Zumbi dos Palmares, Anita Garibaldi e Carolina Maria de Jesus, aparecem cada vez mais em HQs. E o melhor: suas histórias vêm rendendo prêmios e notoriedade a quadrinistas brasileiros no exterior.
A homenagem que se faz em 20 de novembro, Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, precisa sair do papel e se tornar realidade – esta é a necessidade fundamental da democracia no Brasil.
Por José Carlos Ruy*
A já tradicional Lavagem da Estátua de Zumbi, localizada na Praça da Sé, em Salvador, e que integra as atividades pelo Dia da Consciência Negra, chegou à oitava edição neste domingo, 20 de novembro, com críticas ao modo como o governo de Michel Temer tem tratado pautas relacionadas à população negra. O mote do ato deste ano, promovido por um coletivo de entidades negras, foi ‘Nenhum direito a menos’.
Neste domingo, 20 de novembro, é o Dia da Consciência Negra. E, como sempre desde que a comemoração foi instituída no calendário oficial brasileiro, principalmente este ano dado o quadro político brasileiro, surgirão questionamentos como: por que comemorar a consciência negra, e não a branca ou a humana?
Por Mauricio Pestana*, especial para o Portal Vermelho
Nada mais oportuno do que um texto direcionado àqueles que insistem em desconstruir a importância do dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro. Para isso me vem à lembrança uma das passagens da obra “Pele Negra, Máscaras Brancas” do intelectual antilhano Frantz Fanon. “Há imbecis demais nesse mundo”, escreveu o autor. Concordo.
Por Ricardo Corrêa*
O Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, tem um significado especial para a população de Salvador, que é formada majoritariamente por afrodescendentes. É um dia para celebrar a cultura negra e reverenciar os heróis da luta contra a escravidão e pelo fim da discriminação racial. No domingo, as homenagens começam logo cedo, com a 8ª Lavagem da Estátua de Zumbi dos Palmares, na Praça da Sé.
O Colégio Estadual do Campo Contestado, situado no Assentamento Contestado na Lapa, estado do Paraná, ganhou o prêmio Orierê- Cabeças Iluminadas, do Centro Cultural Humaitá, com o tema Zumbi dos Palmares.
Talvez a maioria da população não saiba de quem se trata somente pelo nome, mas certamente reconhecerá o brilhante ator pela imagem. Artista plástico e militante do movimento negro, Antônio Pompêo foi encontrado morto nesta terça-feira (5) em sua casa, no bairro de Guaratiba, na zona oeste do Rio de Janeiro. A causa da morte ainda não foi informada. Pompêo morava sozinho.
Esta quinta-feira (20) marca a data em que o líder quilombola Zumbi dos Palmares foi assassinado em 1695. Símbolo de luta e resistência pela liberdade dos povos, Zumbi é até hoje uma referência no combate ao racismo e a outras formas de preconceito.
Zumbi é a figura emblemática reverenciada no mês de novembro, mês da consciência negra no Brasil. Palmares era um quilombo pertencente ao estado de Pernambuco no século 17. Para lá iam milhares de negros, índios fugidos da escravidão dos engenhos e fazendas. O quilombo de Palmares, comunidade de quilombolas localizada na serra da barriga com uma área de 27 mil quilômetros quadrados, área equivalente a do atual estado de Alagoas.
Por Fátima Teles*, para o Vermelho