Hutukara Associação Yanomami (HAY) divulgou um comunicado classificando como “a sangue frio” e “crime de ódio” o ataque a tiros contra o grupo de indígenas
Humberto Costa recebeu e fez a denúncia nesta quinta-feira (11), em audiência em Boa Vista (RR), onde senadores e deputados realizam diligência para apurar estupro e assassinato de uma menina yanomami de 12 anos
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara aprovou requerimento para criação do grupo e trabalho para averiguar os ataques sofridos pelos povos indígenas
A denúncia é do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Yek’wana, que também esteve na aldeia Arakaçá, no Território Indígena Yanomami, em Roraima, e relatou um diferente cenário, até agora, omitido pelas autoridades
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara acionou o Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal e a Fundação Nacional do Índio (Funai) cobrando rigorosa apuração do caso
A menina, de 12 anos, foi violentada e morta após ser retirada da comunidade Aracaçá, na Waikás, no estado de Roraima. A região concentra a maior área degradada pela presença de garimpeiros em terras Yanomami desde 1980
De acordo com o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana, uma criança de 4 anos está desaparecida após ter sido jogada no rio com a mãe dela.
De acordo com a parlamentar, atividade ilegal foi responsável pela morte de duas crianças da etnia na comunidade Macuxi Yano, em Roraima
Os povos originários, em suas resistências e experimentação da boa vida, representam um risco ao poder.
Presidente da Comissão Especial de Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas da OAB diz que crime de genocídio se configura por ações e omissões do presidente da República: “O que está acontecendo é que o STF precisou assumir a gestão, determinando o plano de proteção, de vacinação, e mesmo assim o governo não apresentou adequadamente”.
A Nota da Associação Hutukara é mais uma denúncia de que o aumento do garimpo na Terra Indígena Yanomami é responsável pelo aumento, também, da vulnerabilidade das comunidades.
No documento entregue à CPI da Covid, comissão da OAB denuncia que o conjunto dos atos comissivos e omissivos implementados sob orientação do presidente “submetem índios a condições que tendem a provocar suas destruições físicas”.