Depois das mortes de ativistas ambientais e trabalhadores rurais no Norte do país este ano, 131 pessoas ameaçadas passaram a receber proteção policial por meio de programas do governo federal na região. A informação foi dada nesta terça (5) pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário.
A Pública – Agência de Jornalismo Investigativo produziu uma série de reportagens sobre a Guerrilha do Araguaia, focando no impacto da repressão militar na vida dos camponeses da região. As matérias são baseadas em depoimentos de camponeses e ex-soldados que compõem os 149 volumes do processo judicial que investiga do desaparecimento dos guerrilheiros e também em entrevistas inéditas.
Completou um mês no ultimo fim de semana que o casal de extrativista José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva foram assassinados e ninguém foi preso. O Partido Comunista do Brasil divulga nota repudiando o latifúndio e exige o fim da impunidade
A violência no campo continua impune no Pará e a lista dos marcados para morrer cresce, essa é a fotografia de uma sociedade capitalista que explora os recursos naturais em busca do lucro fácil e a qual quer custo. Ao mesmo tempo, também reflete um estado que executa um projeto de desenvolvimento baseado na extração de recursos naturais que perpetuado a séculos.
A impunidade é a principal causa da violência no campo. Em audiência na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, nesta quarta-feira (22), o procurador da 1ª Região, José Marques Teixeira, afirmou que a ineficiência dos órgãos de segurança pública, a "morosidade do Judiciário" e a defasagem do Código de Processo Penal contribuem para essa situação.
O recrudescimento da violência no campo e a impunidade dos crimes contra trabalhadores rurais serão debatidos em audiência pública conjunta das comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, na próxima terça-feira (28). As comissões decidiram discutir o tema motivadas pela necessidade de uma resposta do Legislativo aos recentes assassinatos de lideranças de trabalhadores rurais no Pará e em Rondônia.
O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, condenado a 30 anos de prisão pelo assassinato da missionária Dorothy Stang, teve pedido de soltura negado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Vitalmiro, conhecido como Bida, está preso preventivamente em Belém, onde aguarda a conclusão do processo.
O grupo de nove pessoas escoltadas do assentamento de Nova Ipixuna até Marabá (PA), pela Força Nacional, deve ser ouvido até esta terça-feira (21) pela Defensoria Pública do Pará. Todas foram ameaçadas de morte, supostamente por pessoas ligadas a madeireiras da região. A ação da Força Nacional fez parte da Operação Defesa da Vida, estratégia para combater conflitos agrários nos estado do Pará, de Rondônia e do Amazonas.
Agentes de segurança pública da Força Nacional escoltaram, na madrugada deste sábado (18), um grupo de nove pessoas – quatro adultos e cinco crianças – do assentamento de Nova Ipixuna até a cidade de Marabá (PA). A ação fez parte da Operação Defesa da Vida, estratégia para combater conflitos agrários nos estado do Pará, de Rondônia e do Amazonas.
A violência no campo e os recentes assassinatos de lideranças de trabalhadores rurais no Pará, Amazonas, Rondônia e Acre serão debatidos em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) na próxima quarta-feira (22), às 9 horas. O requerimento é de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS).
Após a onda de assassinatos de trabalhadores rurais no norte do país, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Pará (Fetagri) e a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf) organizaram um acampamento em Marabá (PA) que reúne cerca de 5 mil pessoas perto da sede local do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Na pauta, a punição aos assassinos de trabalhadores e assentamento das famílias
A Polícia Civil do Pará já tem suspeitos da morte do trabalhador rural Obede Loyla Souza. O crime ocorreu na última quinta-feira (9) no Acampamento Esperança, no município de Pacajá. Por motivo de segurança, detalhes da investigação não estão sendo divulgados, mas várias testemunhas já foram ouvidas.