A barragem de Barão de Cocais (MG) pode romper entre os dias 19 e 25 de maio, de acordo com a Vale, informou Agência Brasil.
"É evidente as responsabilidades da empresa nos crimes ambientais de Mariana e Brumadinho. Mas com a cabeça de quem defende a iniciativa privada acima de tudo, Zema se coloca mais do lado da empresa do que do Estado e do seu povo".
Por Wadson Ribeiro*
A tragédia da Vale em Brumadinho (MG) vai completar um mês, na próxima segunda-feira (25), sem que a Assembleia Legislativa de Minas Gerais tenha instalado Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o caso. Enquanto isso, na capital Belo Horizonte, a Câmara Municipal concluiu com êxito, nesta terça-feira (19), a CPI da Mineração, presidida pelo vereador Gilson Reis (PCdoB). O relatório da comissão foi aprovado por unanimidade.
A prefeitura de Vitória (ES) interditou na quinta-feira (7) uma área no porto de Tubarão, na capital capixaba, e multou a mineradora Vale em R$ 35 milhões. Segundo o prefeito Luciano Resende (PPS), a companhia despejou rejeitos de mineração no mar.
E-mails trocados entre profissionais da Vale e de duas empresas ligadas à segurança da barragem de Brumadinho mostram que, dois dias antes do rompimento, a mineradora já havia identificado problemas nos dados de sensores responsáveis por monitorar a estrutura. A Polícia Federal (PF), que investiga o caso, identificou os e-mails. De acordo com o último levantamento, 150 pessoas morreram na tragédia e 182 estão desaparecidas.
Daiane Hohn, da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), participou do último programa No Jardim da Política para avaliar as causas e desdobramentos do rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho (MG).
Os moradores de Brumadinho e região, em Minas Gerais, continuam a sofrer com a tragédia da Vale, iniciada em 25 de janeiro, com o rompimento de uma barragem da mina Córrego do Feijão. O mar de lama que se formou, potencialmente rico em metais pesados perigosos à saúde, já começa a oferecer riscos à saúde dos moradores na região.
Um grupo de 80 pessoas protestou nesta sexta-feira (1/2) em frente à sede da mineradora Vale, na Praia de Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro (RJ). Foi o segundo ato apenas nesta semana.
A Federação Brasileira de Geólogos (FEBRAGEO) denunciou em nota oficial o sucateamento e o desmonte dos órgãos técnicos e de fiscalização nas áreas de geociências e engenharia. Segundo os especialistas na área, a tragédia de Brumadinho é um dos efeitos deste desmonte.
Também aqui impactado com as notícias que chegam a cada minuto de Brumadinho, minha memória remeteu-me a 1997. Graças à uma imagem da capa de uma edição da Folha de São Paulo daquele ano que circula pela internet. Nela, estou com o nariz sangrando trocando porrada (em desvantagem) com policiais militares no Rio de Janeiro, em frente à Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.
A Vale e Bolsonaro são as mais perfeitas expressões do capitalismo neoliberal no mundo.
Por Pedro Paulo Zahluth Bastos*
A criação da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) foi mais uma das muitas decisões estratégicas adotadas por Getúlio Vargas. Com um projeto bastante definido a respeito dos rumos de um desenvolvimento nacional autônomo, ele deixou um legado fundamental para o futuro da sociedade brasileira. A constituição de uma empresa pública federal para se ocupar da exploração da riqueza do subsolo (em especial o minério de ferro) ocorreu mais de uma década antes do lançamento da Petrobrás.