Contagem não é definitiva, mas direita pode voltar ao poder após 15 anos de Frente Ampla. Pesquisas influíram, ao sugerir falsamente disputa liquidada. Provável governo prepara reformas ultraliberais — mas enfrentará forte resistência
Por Nicolás Centurión, La Estrategia
Este domingo (24), até às 19h30, cerca de 2,6 milhões de uruguaios vão às urnas para escolher, em segundo turno, quem será o presidente do país. Resultados devem começar a ser divulgados a partir das 21h; Corte Eleitoral acredita que, por volta da meia-noite, terá a apuração completa. Os candidatos são Daniel Martínez, do partido de esquerda Frente Ampla (FA), e Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional (PN), de direita.
O Comitê Executivo do Partido Comunista do Uruguai divulgou, nesta terça-feira (29), uma declaração sobre o resultado da eleição do dia 27/10 que definiu a realização de um segundo turno entre Daniel Martinez (Frente Ampla) e Luis Lacalle (Partido Nacional), representante da direita neoliberal. Leia, abaixo, a íntegra da nota.
O resultado das eleições uruguaias, realizadas no dia 27 de outubro, não causou surpresa pelo fato de levar a decisão para o segundo turno, natural para um país cujo sistema eleitoral exige maioria absoluta dos votos (ou seja, 50% mais um) para que a disputa seja decidida na primeira volta. O fator surpresa, que contrariou todas as pesquisas e projeções de intenção de voto, ficou por conta da queda na votação do oficialismo.
Por Felipe Bianchi, no ComunicaSul
Conforme afirmou-se em artigo anterior, no próximo dia 27 de outubro os uruguaios irão às urnas para eleger seu próximo presidente da República. O referido pleito ocorre em meio a um cenário conturbado na região marcado pelas dificuldades dos governos conservadores eleitos na América do Sul de encontrar saídas para a crise em seus países.
Por Mateus Fiorentini*
O ex-deputado federal e ex-presidente da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Haroldo Lima, comenta a tendência de avanço democrático da centro-esquerda na América Latina, que começou no México, em 2018, e deve se estender neste ano por Uruguai, Argentina e Uruguai, onde candidatos alinhados com Jair Bolsonaro deverão ser derrotados nas eleições presidenciais. Ao mesmo tempo, Benjamim Netanyahu, em Israel, e Donald Trump, nos EUA, sofrem importantes derrotas.
“As vitórias de Fernandéz, na Argentina, e Martínez, no Uruguai, podem representar o início de um processo na região, marcado pela retomada dos governos progressistas”.
Por Bianca Borges*
O resultado do outubro eleitoral impactará substancialmente nos rumos da região.
Por Mateus Fiorentini*
Após passagem pelo Chile, em abril deste ano, para a produção de uma série de reportagens sobre o desastre do sistema de aposentadorias que é o sonho de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro, o coletivo ComunicaSul, surgindo em 2012, organiza, agora, uma caravana para as três eleições presidenciais que ocorrerão no sul do continente em outubro: Bolívia (dia 20), Argentina e Uruguai (27). O Portal Vermelho publicará todas as matérias da cobertura exclusiva.
Um resumo diário das principais notícias internacionais.
Depois de quase 15 anos e três governos da Frente Ampla, o Uruguai encara sua eleição presidencial mais difícil. Eleições convertidas em plebiscito, como em outros países do ciclo progressista, entre a continuidade do processo de transformação, ou a restauração conservadora.
Por Katu Arkonada*