Hoje acordei de madrugada, depois de uma noite insone. Pior dizendo, me levantei da cama depois de acordas e adormeces sucessivos. As pessoas do povo de Água Fria, meu amado bairro do Recife, diriam que essa instabilidade era um aviso, e com isso queriam dizer, mensagens que nos chegam sem que a consciência tome tento.
Por Urariano Mota*
O escritor Urariano Mota esteve no último sábado (12), em um ocupação dos estudantes contra as medidas de retrocesso impostas pelo governo ilegítimo de Michel Temer. Em um aula voluntária sobre sobre "Literatura & Ditadura", na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o escritor falou para os alunos ocupados sobre os reflexos da ditadura brasileira no romance, com a experiência de quem viveu naqueles anos sombrios. Na ocasião, gravaram o aulão, assista um trecho abaixo:
A medalha de ouro para a magnífica atleta Rafaela Silva, vencedora dos limites da sua condição de classe, raça e gênero, guarda muitas explicações. Delas, a mais elementar destaca o seu poder de guerreira, de talento e resistência na funda pobreza. Essa é a versão dos que procuram super-heróis ou apoio em leituras de autoajuda, que é sempre refrigério no desespero ou sofrimento.
Por Urariano Mota
Os seus livros se apoiavam em pesquisas originais, tidas até então como indignas, de receitas de cozinha aos anúncios de escravos na imprensa e fotos de álbuns de famílias senhoriais. Uma inteligência e sensibilidade de gênio a serviço do objeto que estudava. Original e mui confiante desse espírito original. Afoito, com aquela afoiteza que caracteriza os que têm a consciência do próprio valor.
Por Urariano Mota, no Jornal GGN
Chico Buarque completou 72 anos no domingo (19). Com ele, há uma geração resistente que ultrapassa agora os 60 anos. Para os novos jovens dedico as linhas a seguir, que extraio do próximo romance.
Por Urariano Mota*
Na semana em que houve uma revolta universal contra um estupro coletivo, divulgado em imagens pelo Twitter, eis que veio a público a declaração do chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Por Urariano Mota*, no Diário de Pernambuco
A notícia caiu não como uma bomba, que destrói vidas, paisagem e patrimônio físico. Ainda que guarde semelhança com a bomba de Hiroshima do poema de Vinícius de Moraes, a notícia não veio como a rosa radioativa, estúpida, inválida. A notícia veio como a confirmação das trevas, que cercam o Brasil do impeachment da presidenta Dilma.
Por Urariano Mota*, especial para o Vermelho
Neste mês de maio, me ocorrem duas lembranças, da mais alta à mais baixa. Na que vem de cima, avisam os astrônomos que na próxima segunda-feira (9) haverá um pequeno eclipse do Sol. Chegam até mesmo a dizer que a maior atração do mês de maio será o trânsito de Mercúrio se deslocando à frente da nossa estrela como um pontinho negro.
Por Urariano Mota*
Neste sábado, completam-se 400 anos do falecimento do gênio Miguel de Cervantes. É claro que só no sentido do corpo físico dizemos que falece um artista máximo da humanidade. O fundamental é que no mundo inteiro hoje se lembra a continuação viva de Cervantes em sua obra-prima, o Dom Quixote. Sem dúvida, o maior e melhor romance já escrito, digno de ser prova da existência do homem, quando mais nada existir.
Por Urariano Mota*
Recife, a capital pernambucana, completou ontem, 477 anos de fundação, que ocorreu em 12 de março de 1539. O escritor pernambucano Urariano Mota rememora, neste texto de seu Dicionário Amoroso do Recife a vida desta grande metrópole brasileira.
O Portal Vermelho abre passagem para o carnaval brasileiro publicando neste domingo (23) texto do escritor pernambucano e colunista da Rádio Vermelho, Urariano Mota, sobre a presença marcante do carnaval de Olinda no Estado de Pernambuco. Neste final de semana,a cidade colocou o carnaval nas ruas e, segundo Urariano, “já começou fervendo”. Confira na íntegra texto do escritor, originalmente endereçado à publicação Dicionário Amoroso do Recife.
Meus amigos, aquela frase do personagem Corisco em Deus e o Diabo na Terra do Sol, quando ele grita: “Mais fortes são os poderes do povo”, eu posso agora adaptar para “Mais fortes são os poderes da pesquisa coletiva na internet”. A razão não é gratuita.
Por Urariano Mota