O comandante-geral da Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro, coronel Wolney Dias, disse nesta quinta-feira (01) que a corporação estuda reduzir de 38 para 20 o número de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), mas não informou quais seriam fechadas.
O que começou como uma solução para diminuir a violência nas periferias cariocas e mudar a relação entre moradores e policiais, tornou-se um sinônimo de mais do mesmo. O projeto da Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) caiu em descrédito no Rio de Janeiro e moradores acreditam que o programa está falido.
Crise de segurança pública no estado se agrava e mostra sua seletividade ao estabelecer confrontos nas favelas, onde há a derrocada das UPPs
Por Verônica Lugarini*
Territórios pacificados pelo Governo do Rio registraram queda de 85,5% nos casos de homicídios decorrentes de intervenção policial, entre 2008 e 2014. O número de ocorrências caiu de 136 para 20. Outro importante resultado da política de pacificação, neste mesmo período, foi a expressiva redução na taxa de homicídios dolosos: foram 116 casos em 2008 e 40 casos em 2014 – o que representa uma redução de 65,5%.
A atuação das Forças Armadas na Pacificação do Complexo da Maré (RJ) completa um ano em abril. Cerca de 65 mil ações já foram realizadas. Entre elas, 583 prisões, 228 recolhimentos de menores infratores e 1,2 mil apreensões de drogas, armas e munições, além de veículos e motos em situação irregular.
A presidenta Dilma Rousseff assinou, nesta sexta-feira (12), decreto que prorroga a permanência de militares das Forças Armadas, até dezembro deste ano, no Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro. Dilma ressaltou que a presença dos militares é necessária para permitir a continuidade do processo de pacificação na comunidade, e também para liberar policiais militares para outras áreas da região metropolitana.
Policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, zona norte do Rio, foram xingados na noite desta terça-feira (6) por um grupo de moradores perto do contêiner que serve de base para a UPP. Os manifestantes também atearam fogo a lixeiras e bloquearam a Rua Armando de Albuquerque, próximo à Rua Barão do Bom Retiro, por quase 30 minutos.
A presidenta Dilma Rousseff, recebeu nesta sexta-feira (21), no Palácio do Planalto, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que requisitou o reforço do Ministério da Defesa e do Ministério da Justiça no combate ao crime organizado em seu estado, após vários ataques contra forças locais.
Segunda região a ganhar uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Rio de Janeiro, a Cidade de Deus completou a semana passada cinco anos de pacificação. A UPP da comunidade da Zona Oeste do Rio apresenta as maiores quedas nos índices de criminalidade. De acordo com levantamento do ISP (Instituto de Segurança Pública), nenhum assassinato foi registrado na Cidade de Deus em 2013, número que chegou a 36 em 2008, um ano antes da ocupação policial.
Os recentes confrontos entre criminosos e policiais em comunidades pacificadas no Rio mostram que é preciso reavaliar a política de implantação das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
A Divisão de Homicídios da Polícia Civil fluminense encaminhou, na noite de terça-feira (1º/10), ao Ministério Público do Rio, a conclusão do inquérito sobre o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarido de Souza, de 47 anos. Ele sumiu no dia 14 de julho depois de ser levado para a sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha.
O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, decidiu afastar o major Edson do Santos do comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha. O motivo é o desgaste do militar com os moradores da comunidade desde o sumiço do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza.