Voltam a correr o mundo notícias de duros enfrentamentos em Kíev, onde manifestantes oposicionistas e pró-europeus tentaram romper os bloqueios da polícia para invadir o parlamento ucraniano. Mais uma vez a mídia relata os fatos de maneira capciosa.
Por Fabrizio Verde em Marx21
Confrontos entre manifestantes e policiais em Kiev, na Ucrânia, nesta quarta-feira (22), voltaram a colocar os protestos naquele país sob o foco da mídia internacional. Líderes da oposição ao governo foram citados pela emissora Russia Today, nesta quinta (23), ameaçando o governo de que “partirão para ofensiva” caso suas exigências não sejam cumpridas, com ações violentas cujas imagens têm causado alarme.
Todos sabem e dizem, na Ucrânia independente, que não há um único ministério ou agência do governo, nem um único partido político no Parlamento, exceto os comunistas, nos quais não se tenham infiltrado americanos, ou britânicos ou alemães “discretos”, para ensinar os políticos e funcionários ucranianos como devem governar o país.
Por Alexander Savchenko, no Strategic Culture
Há mais de um ano em crise financeira, a Ucrânia recebeu nesta terça-feira (24) a primeira parcela do plano de resgate financeiro concedido pela Rússia no último dia 17 de dezembro.
A Rússia descontará 35 por cento do preço do gás fornecido à Ucrânia e entregará a este país 15 bilhões de dólares. Este é o resultado da reunião mantida nesta terça-feira (17) pelos presidentes Vladimir Pútin e o visitante, Víktor Yanukóvich.
O governo da Ucrânia anunciou que discutirá nesta segunda-feira a situação do país com os membros do partido dirigente. Os protestos no centro da cidade permanecem: a oposição continua a insistir na renúncia do governo e exige a introdução de uma moratória sobre a adesão da Ucrânia à União Aduaneira com a Rússia. A União Europeia, por sua vez, suspendeu a preparação do acordo com a Ucrânia e vai considerar esta questão na cúpula de Bruxelas, de 19 a 20 de dezembro.
O presidente ucraniano, Víktor Ianukovitch, viaja amanhã à Rússia em visita oficial, em ocasião da sessão da comissão intergovernamental, buscando uma oxigenação da cooperação bilateral, com ênfase no comércio.
A União Europeia e a Ucrânia cortaram as negociações, neste domingo (15), sobre o acordo comercial abrangente que manifestantes têm defendido há semanas, em protestos já avaliados por inúmeros críticos como uma tentativa de golpe contra o governo. Na contramão, o chefe do bloco que defende a expansão da organização, Stefan Füle publicou no Twitter uma alegação raivosa contra o presidente ucraniano, Viktor F. Yanukovitch.
Os dois principais partidos da oposição, nomeadamente Bloco Nossa Ucrânia/Autodefesa Popular, (de Viktor Juscenko) e o Partido da Pátria/Bloco Eleitoral (de Julia Tymosenko), decidiram enfrentar diretamente o presidente Viktor Jankovic e o primeiro-ministro Mykola Azarov, após o presidente anunciar na televisão que o governo havia finalizado as negociações com a União Europeia, postergando, mais uma vez, a eventual entrada no bloco dos países europeus.
Por Achille Lollo, no Brasil de Fato
O vice-ministro russo de Assuntos Exteriores Alexei Meshkov ratificou nesta sexta-feira (13) a exigência de Moscou de que a União Europeia (UE) e seus aliados deixem de intrometer-se nos assuntos internos da Ucrânia.
A evacuação dos aeroportos Borispol e Juliani, além de duas estações ferroviárias depois de ameaças telefônicas de colocação de explosivos, aumentaram nesta sexta-feira (13) a tensão em Kiev, submersa no caos depois de duas semanas de protestos de rua.
A polícia antimotins da Ucrânia destruiu várias barricadas no centro de Kíev, capital do país, em uma operação que resultou em vários feridos, tanto entre os agentes de segurança como entre os supostos manifestantes, que defendem uma "associação" com a União Europeia.