Arthur Teixeira, apontado como um dos operadores do trensalão tucano em São Paulo, controlava pelo menos 23 contas em bancos europeus. A afirmação é do Ministério Público (MP) de São Paulo que teve acesso a informações do processo que corre na Suíça.
O promotor do Ministério Público de São Paulo, Marcelo Milani, defendeu nesta sexta-feira (5) o afastamento do presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Mário Bandeira. Ele é um dos 33 indiciados pela Polícia Federal no inquérito que investigou o cartel metroferroviário em São Paulo entre 1998 e 2008, governos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB.
No boletim da Rádio Vermelho desta sexta-feira (5) saiba mais sobre o indiciamento feito pela Policia Federal que aponta o desvio de pelo menos R$834 milhões no caso do trensalão tucano em São Paulo. O programa também destaca: Grupo da Comissão da Verdade exige punição de agentes da ditadura, Senado discute legalização do aborto a pedido da sociedade e no Parlatino, mulheres pedem fim das diferenças de gênero.
Por Ramon de Castro, para a Rádio Vermelho
Enquanto integrante de grupo de Youssef com histórico nas operações do 'trensalão' paulista foi solto sob fiança a ser paga a prestações, envolvidos no esquema do governo de São Paulo seguem sem ser incomodados.
Por Helena Sthephanowitz, publicado na Rede Brasil Atual
A conta-gotas a imprensa noticia o indiciamento da Polícia Federal no caso do trensalão tucano em São Paulo. A investigação do que eles chamam de cartel de empresas, justamente para tirar o cunho da participação política no caso, mostra que foram fraudadas licitações de trens entre 1998 e 2008, durante os governos do PSDB, em que foram desviados pelos menos R$ 834 milhões.
A Polícia Federal concluiu o inquérito sobre o cartel do trensalão do governo tucano que operou em São Paulo entre 1998 e 2008. Foram indiciados 33 investigados por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de cartel e crime licitatório.
Em novo depoimento na Polícia Federal nesta quinta-feira (30), o senador eleito José Serra (PSDB) disse que não beneficiou empresas do cartel de trens e metrô durante seu mandato no governo de São Paulo, entre 2006 e 2010, apenas preservou o erário.
O CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) abriu processo disciplinar contra o procurador da República Rodrigo de Grandis por manter engavetado por quase três anos um pedido de investigação da Suíça sobre o caso Alstom, o conhecido trensalão tucano.
O jornalista Elio Gaspari publicou em sua coluna de domingo (19), no jornal Folha de S.Paulo, artigo tratando sobre as denúncias apresentadas pela presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, no debate na TV Bandeirantes na semana passada em que elencou cinco escândalos tucanos que, diferente de seu governo, foram engavetados.
O ex-governador de São Paulo e candidato ao Senado, José Serra (PSDB), foi intimado pela Polícia Federal (PF) para depor sobre o cartel de trens e metrô, o chamado “trensalão tucano”. O depoimento foi marcado para o dia 7 de outubro, dois dias após as eleições.
A bancada do PSDB e parlamentares aliados dos tucanos tentaram todas as chicanas (medidas para atrapalhar processos) possíveis para impedir, na quarta-feira (6), a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) – que vai investigar o esquema de corrupção que funcionou no metrô de São Paulo durante quase vinte anos de governos tucanos no estado.
O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), pediu aos líderes da Câmara e do Senado que indiquem, em até cinco sessões da Câmara, os nomes que deverão compor a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) exclusiva para investigar denúncias contra a Petrobras. Renan também leu o requerimento de criação de uma CPMI exclusiva para investigar denúncias de superfaturamento nos metrôs de São Paulo e do Distrito Federal.