O juiz federal titular da 26ª Vara de Minas Gerais, André Gonçalves de Oliveira Salce, determinou o bloqueio de R$ 570 milhões da mineradora Samarco S/A, empresa responsável pela barragem que se rompeu no último dia 5, em Mariana (MG). A ação foi movida pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
A Advocacia Geral da União (AGU) aguarda os resultados de relatórios técnicos para calcular os valores do prejuízo causado pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG). A AGU vai propor uma ação civil pública contra a mineradora, cujo valor de indenização deverá superar aquele acordado entre a empresa e os Ministérios Públicos Federal e de Minas Gerais.
O rompimento das barragens da Samarco em Minas Gerais tirou vidas, provocou destruição ambiental, devastou cidades e deu novo significado à expressão mar de lama. Entre a multa estipulada pelo Ibama e recursos para a reconstrução de Bento Rodrigues, a empresa foi instada a pagar R$350 milhões. O valor parece irrisório não apenas pelo tamanho da tragédia, mas pelo volume de recursos movimentado pela companhia. A Samarco lucrou, só ano passado, 2,8 bilhões – 8 vezes o que terá que pagar.
Decreto foi assinado no sábado (14) pelo prefeito Duarte Júnior. Pelo menos dez pessoas morreram, 18 estão desaparecidas e 631 ficaram sem moradia depois que duas barragens – Fundão e Santarém – da mineradora Samarco se romperam na tarde de 5 de novembro em Mariana, município localizado a 100 quilômetros de Belo Horizonte.
Vinte e cinco mil litros de água mineral foram distribuídos na manhã de sexta-feira (13) à população de Governador Valadares, no Leste de Minas Gerais.