“Posso dizer sem exageros, que para nós, Cuba tem sido a salvação”. A frase é de Natasha Salimova, em 1999, em um artigo da agência AFP. O filho de Salimova é portador de paralisia cerebral e foi uma das crianças que participou do programa “Niños de Chernobyl” (Crianças de Chernobyl), oferecido pelo governo da ilha.
Por Fernanda Forgerini
A Rosatom já avisou que não é responsável pelas tentativas ucranianas de usar combustível nuclear da empresa norte-americana Westinghouse em reatores nucleares de fabricação soviética. A operação incorreta daquelas usinas, que é praticada na Ucrânia desde o início de 2016, também é perigosa.
Há exatamente 30 anos, às 1h23, o reator número 4 da central nuclear soviética de Tchernobil, no norte da Ucrânia, explodia e deixava vazar poeira radioativa que contaminaria mais de 4 milhões de hectares e condenaria para sempre uma vasta região da então União Soviética. 31 pessoas morreram nos dias que se seguiram à tragédia.
Teve início na Ucrânia um projeto de construção de um depósito único e centralizado para combustível nuclear usado. Os resíduos nucleares, que antes eram transportados para a Rússia para reciclagem, serão armazenados na Ucrânia.
Por Natalia Kovalenko*, na Voz da Rússia
O dia 26 de abril é o Dia Internacional de Homenagem às Vítimas de Acidentes Radioativos. Nesse dia, em 1986, na usina atômica soviética de Tchernobil, ocorreu um acidente dramático que veio colocar de sobreaviso a Humanidade, forçando-a a refletir mais e melhor sobre a segurança de energia nuclear.
Por Mikhail Arístov, na Voz da Rússia
O presidente do Comitê de Assuntos Exteriores da Verkhovna Rada (Conselho Supremo, o parlamento ucraniano), Vitali Kaliújni, agradeceu a Cuba a realização ininterrupta durante 22 anos de um programa de tratamento gratuito a crianças afetadas pelo acidente de Tchernobil.
A Comissão Nacional de Proteção Contra Radiações da Ucrânia acredita que Tchernobil é seguro para viver e pode acolher o pessoal da usina nuclear.
De acordo com um decreto presidencial russo, em 26 de abril comemora-se no país o dia de homenagem às equipes de salvamento e às vítimas de acidentes nucleares. Foi precisamente neste dia, em 1986, que ocorreu a tragédia da Central Atômica de Tchernobil.
"Renunciar às tecnologias nucleares é como proibir os computadores", afirmou nesta segunda-feira (25) o primeiro-ministro da Ucrânia, Nikolai Azarov, ao defender a aposta de seu país pela energia atômica, no momento em que o país rememora os 25 anos do acidente de Tchernobil.
De acordo com uma avaliação do JP Morgan, a Tokyo Electric Power Company (Tepco), empresa que opera a usina nuclear de Fukushima, no Japão, poderá ter de pagar até US$ 26 bilhões (cerca de R$ 41 bilhões) em indenizações por causa dos danos provocados pelo vazamento de radiação da central nuclear.