Aumento de meio ponto percentual afetará a economia de todo o mundo com investidores preferindo desviar seus dólares para os EUA, mas também pode causar recessão e estagflação naquele país.
Ao aumentar as taxas de juros, o banco central espera alcançar uma proverbial “aterrissagem suave” para a economia dos EUA, em que seja capaz de domar a inflação rápida sem aumentar o desemprego ou desencadear uma recessão.
“Quem se beneficia é o setor financeiro, os rentistas em geral. Quem se prejudica é o setor empresarial produtivo, assim como quem tem dívida atrelada à Selic”, diz o professor José Luis Oreiro, em entrevista à RBA.
Ao contrário do que divulgam, o setor que mais lucra no país manteve a alta dos juros e tarifas, aumentou as metas dos trabalhadores, fechou cerca de 12 mil vagas de trabalho e reduziu mais de três mil agências, desde 2020, em todo o país
Se a alta inflação decorre de custos de produção mais altos e estoques baixos, então o Banco Central pode ter que aumentar muito as taxas de juros para conter a inflação. Quanto mais alto e mais aumentar as taxas, mais prejudicial será para a economia.
País ocupa o topo do ranking elaborado pelo MoneYou e pela Infinity Asset Management, segundo informa o jornal Hora do Povo.
“A elevação de juros em um momento em que há uma economia em estagnação traz o risco de uma recessão. E a estagnação da indústria no Brasil já é bastante longa. Não é um problema novo, mas a situação se agrava muito com a alta dos juros”, afirmou Antonio Corrêa de Lacerda, em entrevista ao JP News.
Oitavo aumento consecutivo deve manter 2022 com alto patamar de restrição ao crédito e desestímulo à atividade econômica.
Estudo mostra que a taxa mensal de 3,99% para crédito à população carente é maior até que juros do cheque especial.
Previsão para expansão do PIB caiu de 5,15% para 5,04%, em 2021.
Taxa básica de juros passou de 3,5% para 4,25% ao ano, o que deve desestimular produção, consumo, emprego e renda, para controlar a inflação.
“Qualquer um de nós poderia derrotar Bolsonaro. Não é isso que precisa ser discutido”, enfatizou o ex-governador e ministro, criticando a política econômica fiscalista e reprimarizante.