Para garantir superávit primário, ministro vai reverter desonerações, acelerar processos tributários, renegociar dívidas e reduzir gastos com contratos. Mercado reagiu bem a anúncios
Ministro da Economia de Bolsonaro rebate críticas de que inflação ajudou contas públicas, ao defender que queda do déficit primário deve-se a controle de gastos
.
É bem verdade que o famigerado termo do economês caiu um pouco em desuso nos meios dos “especialistas”, as figurinhas carimbadas sempre chamadas a fornecer suas opiniões nas colunas de economia dos grandes meios de comunicação. Afinal, não tem mesmo mais sentido ficar clamando pelo sacrossanto “superávit” quando os resultados fiscais têm apresentado – de forma sistemática desde 2014 – saldos negativos na abordagem do balanço dito “primário” das contas públicas.
A imprensa sempre repercute a ideia de que “não se pode gastar mais do que se recebe no mês”.
Por Paulo Kliass*
A recente divulgação de estatísticas constantes no Atlas da Violência – 2017 nos permite avaliar um pouco mais desse fenômeno que nos acomete como país.
Por Paulo Kliass*
Matéria publicada nesta segunda (25) pelo jornal Valor Econômico mostra que estados e o Distrito Federal praticaram uma espécie de “pedalada fiscal” para melhorar suas contas. As manobras promovidas pelos governadores permitiram aos estados sair de um deficit primário de R$ 13,2 bilhões em 2014 e, após um ajuste fiscal, alcançar um superavit primário de R$ 9,1 bilhões em 2015.
A entrada nos cofres federais de parte dos recursos obtidos com a renovação das concessões de usinas hidrelétricas fez o Governo Central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – obter o primeiro superavit primário em nove meses. Em janeiro, o Governo Central economizou R$ 14,835 bilhões, o quarto melhor esforço fiscal registrado para o mês.
O presidente do PT, Rui Falcão, defendeu nesta terça (26) mudanças na política econômica do governo da presidenta Dilma Rousseff e disse que as medidas têm que girar em torno da manutenção do emprego, da valorização do salário mínimo e do combate à inflação. Segundo ele, “a busca infatigável” pelo superavit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), traçada para este ano, não deve ser o centro do debate econômico.
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou nesta quarta (21) que o governo ainda analisa se irá rever a meta de superávit primário para este ano. O governo deve anunciar a decisão até a próxima sexta (23).
Um dos mais enfáticos lutadores contra a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF – oficialmente Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000) foi o então deputado comunista Sérgio Miranda (1947-2012).
Por José Carlos Ruy
Na primeira semana de agosto, com cinco dias úteis, a balança comercial brasileira registrou superavit de US$ 726 milhões, resultado de US$ 3,906 bilhões em exportações e US$ 3,180 bilhões em importações, com corrente de comércio de US$ 7,086 bilhões.