Milhares de pessoas protestaram na capital e em outras cidades da Somália na última quarta-feira (18) contra os ataques terroristas, após o atentado em Mogadíscio ocorrido no sábado (14) que matou cerca de 300 pessoas
Por Alessandra Monterastelli *
A Somália sofreu no último sábado (14) um dos atentados mais violentos da história. Na segunda-feira, o Twitter ferveu de questionamentos sobre a baixa cobertura midiática e a pouca comoção em torno das mais de 500 vítimas (entre mortos e feridos) do ataque ao centro da capital Mogadíscio. Representantes de ONGs, jornalistas e acadêmicos do mundo todo se perguntaram por que não surgiu rapidamente um “Je suis Somália” ou coisa do tipo.
Por Gabriel Rocha Gaspar*
Um massivo ataque com bombas em uma área movimentada da capital da Somália, Mogadíscio, matou pelo menos 276 pessoas, segundo autoridades locais. A explosão aconteceu no sábado (14); a autoria do atentado não foi reivindicada, mas especialistas suspeitam do grupo terrorista Al Shabab
Com mais de um terço da população da Somália passando fome, novas estatísticas mostram também que as mulheres somalis tem alto risco de serem estupradas.
Por Alecia Richards
O jornal Diário do Povo, do Partido Comunista da China (PCCh) apelou, nesta terça-feira, à comunidade internacional para uma cooperação mais efetiva no sentido de conter a ameaça do terrorismo na África, depois do atentado suicida ocorrido no domingo (26), no Hotel Jazeera, em Mogadíscio, capital da Somália, que causou diversos mortos, entre os quais um membro da guarda da embaixada chinesa.
Obviamente que a visita não se relaciona com caçadas de elefantes (como o rei da Espanha fez em Botswana, em plena crise) nem com visitas a "game parks" (as reservas onde vivem os 4 grandes mamíferos).
O governo brasileiro condenou o atentado terrorista ocorrido nesta sexta-feira (20) em um hotel em Mogadíscio, capital da Somália, a 200 metros do Palácio Presidencial, reivindicado pelo grupo Al Shabab. O ataque suicida, no horário da prece matinal, causou a morte de 25 pessoas e deixou dezenas de feridos, incluindo o vice-primeiro-ministro somali.
A Somália, que há três anos viveu uma crise de fome que deixou mais de 250 mil mortos, está à beira de uma nova catástrofe devido à seca na região, que só pode ser evitada por meio de ajuda humanitária urgente, alertaram neste domingo (20) organizações não governamentais (ONGs).
Implodida há mais de duas décadas, a Somália é um Estado falido. Ao norte, dois estados vivem autonomamente, enquanto no resto do país o poder central não consegue se impor. Ao mesmo tempo, a jihadista Al-Shabab perdeu o rumo, mas se espalhou, sobretudo no Quênia, onde os dirigentes se destacam por seu despreparo
Por Gérard Prunier, no Le Monde Diplomatique
Representante especial do presidente da Comissão da União Africana (UA) para a Somália, o embaixador Mahamat Saleh Annadif saudou a recente decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas para aumentar o número de tropas da Missão da União Africana para a Somália (Amisom), de 17.731 para 22.126 integrantes, e de prover maior apoio à Força de Segurança Nacional Somali, enquanto estende o mandato da missão até 31 de outubro de 2014.
No sábado (6), dois raids norte-americanos tentaram sequestrar um homem na Líbia e matar um homem na Somália. O raid na Líbia chegou ao alvo, mas teve grave impacto no governo líbio. O raid na Somália, pelas chamadas “forças de elite” dos SEALs, fracassou completamente.
Pelo menos quatro pessoas morreram e outras 12 ficaram feridas na sexta-feira (12), em um ataque suicida com um carro-bomba em Mogadíscio contra um comboio da Missão da União Africana na Somália (Amisom).