Desde que Michel Temer assumiu o governo foi instaurado o caos na segurança pública. Alexandre de Moraes, indicado pelos tucanos para ocupar a pasta da Justiça, revelou que a sua especialidade tão propagada por ter sido o secretário de Segurança do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, era na verdade um desastre.
O covil golpista de Michel Temer só reúne trastes da pior espécie – bandidos profissionais, abutres rentistas e fascistas convictos. Sete ministros já foram defecados – a maioria por denúncias de corrupção. Nesta sexta-feira (6), mais um traste caiu. O Secretário Nacional de Juventude do governo ilegítimo, Bruno Júlio, “pediu demissão” após a repercussão de suas declarações facínoras ao jornalista Ilimar Franco, do jornal O Globo.
Por Altamiro Borges*, em seu blog
Ofício confirma que governadora de Roraima, Suely Campos, havia solicitado a ajuda do governo de Michel Temer em caráter de urgência para conter a crise do sistema carcerário do Estado.
Vladimir Safatle escreveu na Folha um artigo impressionante sobre a rebelião e a morte de 60 detentos no presídio de Manaus, seguida pela matança de outros 31 presos em Roraima. Comentando a reação do governador do Amazonas, o filósofo da USP afirma que “entender como o governo brasileiro funciona é entender como ele administra o desaparecimento e o direito de matar".
Por Luiz Carlos Bresser-Pereira, em sua página no Facebook
Vladimir Safatle escreveu na Folha um artigo impressionante sobre a rebelião e a morte de 60 detentos no presídio de Manaus, seguida pela matança de outros 31 presos em Roraima. Comentando a reação do governador do Amazonas, o filósofo da USP afirma que “entender como o governo brasileiro funciona é entender como ele administra o desaparecimento e o direito de matar".
Por Luiz Carlos Bresser-Pereira, em sua página no Facebook
Com golpe ou sem golpe, um fato é certo: a crise do sistema penitenciário brasileiro vem de longe e não pode ser debitada exclusivamente à conta desse “governo” que se instalou no poder depois do afastamento maroto da Presidenta legitimamente eleita, Dilma Vana Rousseff. Mas outro fato também é inegável: o tal “governo” não tem minimamente condições de lidar com esse problema.
Por Eugênio Aragão*, no Jornal GGN
Ficamos sabendo, pela reportagem de Itamar Garcez, no site Os Divergentes, que o advogado Renato Oliveira Ramos, “ligado à Casa Civil da Presidência da República” ( leia-se: Eliseu Padilha, o Primo) esteve duas vezes em visita a Eduardo Cunha na prisão, em Curitiba.
Por Fernando Brito*, no Tijolaço
À frente do Ministério da Justiça desde a posse de Michel Temer, Alexandre de Moraes protagonizou mais falhas do que qualquer cargo pode suportar. Nesta sexta, 6, em meio ao maior caos penitenciário, suas reações equivocadas e oscilantes despertaram a articulação no meio jurídico para que ele renuncie do cargo, ou então seja exonerado pelo presidente.
Com a crise do sistema prisional se agravando, a governadora de Roraima, Suely Campos (Solidariedade), se cansou da negligência do governo de Michel Temer (PMDB) e do seu ministro Alexandre de Moraes. Ela afirmou categoricamente que não era necessário que Moraes fosse a Roraima. E segundo a coluna de Lauro Jardim, do O Globo, a governadora teria dito que foi pedida ajuda federal para a situação carcerária do estado e que o ministro da Justiça recusou.
Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo, Martim Sampaio, o Plano Nacional de Segurança anunciado pelo governo de Michel Temer, que inclui a construção de novos presídios, é ilusão e nada vai resolver. "Como todo plano anunciado como medida de emergência, está fadado ao fracasso", afirmou.
Com 622 mil presos e vagas para 371 mil – ou seja, há um deficit de 250 mil vagas em presídios no Brasil – o governo Michel Temer decidiu anunciar que sua medida emergencial para tentar conter o caos no superlotado sistema penitenciário é construir cinco unidades federais que vão gerar apenas 1 mil vagas novas. Isto é, Temer vai reduzir apenas 0,4% do atual deficit de vagas.
O ano de 2017 mal começou e começou mal. Depois de 17 horas de terror, abrem-se as portas do Complexo Penitenciário Anísio Jobim, com 1.072 detentos, localizado na Rodovia BR 174, Km 8, em Manaus. E o que se vê é indescritível. São corpos desfigurados, cabeças cortadas, corações arrancados –uma violência sem limites, que destruiu as vidas de pelo menos 60 homens.
Por Cesar Locatelli e Laura Capriglione, dos Jornalistas Livres