A Sociedade Interamericana de Prensa (SIP) designou a blogueira Yoani Sánchez como sua representante em Cuba, como informa o jornal cubano Granma. De acordo com o periódico, isso “confirma sua relação com os planos mais sórdidos da inteligência estadunidense”. O texto se refere à SIP como “cartel da CIA da imprensa comercial com sede em Miami”.
Para Silvio Mieli, jornalista e professor da faculdade de Comunicação e Filosofia da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), a concentração de poder nos meios de comunicação é um espelho da concentração fundiária. Em entrevista, ele analisa a atual conjuntura de luta pela democratização da comunicação no país.
“Existe censura no Brasil, mas ela é feita pela imprensa, uma imprensa que é majoritária que não abre espaço, por exemplo, para os movimentos sociais”. Esse foi o tom dado por Laurindo Leal Filho, professor e pesquisador da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de Sãop Paulo, ao falar sobre a 68° Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) e a luta por um novo marco regulatório das comunicações no Brasil.
Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo
Sob o pretexto de defender a liberdade de imprensa no continente americano, a 68ª Assembleia da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) reuniu em São Paulo, no início desta semana, a mais alta cúpula da grande imprensa das Américas, pessoas que nada ou muito pouco tem a ver com a defesa da liberdade e da democracia.
Por José Dirceu, no blog do Noblat
Há quase 200 anos, os embaixadores das maiores potências da Europa se reuniram em Viena, na Áustria, com o mesmo objetivo que, por esses dias, juntou em São Paulo os barões da mídia panamericana na 68ª Assembleia da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP).
Por Leandro Fortes*
No encerramento da Assembléia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), em São Paulo, Jaime Mantilla, do diário Hoy, do Equador, acusou Julian Assange, do Wikileaks, classificado por ele como um "indivíduo hábil e irresponsável", de conseguir informação de maneira fradulenta e praticar o jornalismo desonesto. Os jornais brasileiros omitiram as declarações do recém-empossado presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa em sua cobertura sobre o evento. O artigo é de Bia Barbosa.
O dirigente do Grupo Estado, Júlio César Mesquita, não escondeu sua frustração. Diante da cadeira vazia na cerimônia de abertura da 68ª Assembleia da Sociedade Interamericana de Imprensa, comparou a atitude da atual presidente a de seus antecessores, Ernesto Geisel e Fernando Collor, nos dois convescotes da agremiação anteriormente por aqui realizados.
Por Breno Altman*, Opera Mundi
Comitê Anfitrião da Assembleia Geral da SIP critica ausência de Dilma e lembra que foi a segunda vez que o presidente do Brasil não prestigiou o encontro. Em cerimônia, organização atacou novamente os governos da Venezuela, Argentina, Bolívia e Equador. E o governador Alckmin afirmou que a liberdade de expressão tem sido “executada por lemas grandiosos como a democratização da comunicação”.
Dezenas de ativistas que defendem a democratização da comunicação realizaram um ato público, na manhã de segunda-feira (15), no Hotel Renaissance, na capital paulista, onde acontece o encontro da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), principal porta-voz dos donos da mídia no continente, uma verdadeira plataforma política do PIG. Representantes do Sindicato dos Bancários de S. Paulo estavam entre os ativistas para denunciar a invasão sofrida para confiscar jornal da categoria.
Depois da divulgação de uma carta assinada por personalidades, brasileiras e estrangeiras, contra ações da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), reunida desde a sexta-feira (12) em São Paulo, dezenas de ativistas que defendem a democratização da comunicação se concentraram na manhã desta segunda (15), em frente ao Hotel Renaissance, centro da capital paulista, para reforçar o descontentamento com o monopólio de comunicação na América Latina. À tarde, acontece uma contraconferência.
Neste domingo (14), como resposta as ações da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), dezenas de personalidades e ativistas sociais assinaram manifesto que rechaça a tentativa da SIP de colocar no banco dos réus os governos que têm assumido a responsabilidade de abrir caminhos à perspectiva de avançar na democratização dos meios de comunicação.
De 12 a 16 de outubro, em São Paulo, os barões da mídia do continente participam da 68ª Assembleia da Sociedade Interamericana de Imprensa. Muitos jornalistas, por ingenuidade ou má-fé, ainda afirmam que a SIP é um bastião em defesa da liberdade de expressão e do livre exercício profissional.
Por Altamiro Borges*