Não, não era uma invenção ou uma desculpa esfarrapada. O jornalista Amaury Ribeiro Jr. realmente preparava um livro sobre as falcatruas das privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso. Neste fim de semana chega às livrarias “A Privataria Tucana”, resultado de 12 anos de trabalho do premiado repórter que durante a campanha eleitoral do ano passado foi acusado de participar de um grupo cujo objetivo era quebrar o sigilo fiscal e bancário de políticos tucanos.
É mais que evidente o racha da cúpula do tucanato quando o que está em jogo é o poder – dentro e fora da sigla. Além das disputas internas para o comando da legenda, as perspectivas eleitorais de 2012 e 2014 também são fonte de grande desentendimento entre os caciques da direita conservadora e neoliberal brasileira.
No sábado, 10 de setembro, foi realizada a primeira ação da campanha "Agora é unir para conquistar". A blitz nas ruas centrais da cidade contou com o apoio de 50 pessoas para a mobilização da comunidade para a vinda da extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) a Caxias do Sul. O Sindicato dos Metalúrgicos apoia esta luta e esteve presente.
No final da noite de terça-feira (12), ao ler o noticiário sobre o fracasso de Abilio Diniz, 71 anos, na tentativa de fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour no Brasil e o artigo "A ética do vale-tudo" publicado por José Serra, 69 anos, na página de opinião de O Globo, apareceu-me na cabeça uma palavra pouco usual para definir os dois personagens: onipotência. Neste caso, a onipotência derrotada.
Por Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho
Em um gesto inusitado (mas não imprevisível), o ex-governador José Serra, na qualidade de presidente do conselho político do PSDB, divulgou um documento que deixou embaraçada a direção de seu partido. “Nossa Missão” tem um título que sugere que o autor ao menos tentava olhar o Brasil de uma perspectiva partidária e coletiva, mas não o fazia.
Por Marcos Coimbra, na CartaCapital
O presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE), afirmou nesta quinta-feira (07) ser “uma grande ideia” o senador Aécio Neves (PSDB-MG) sair candidato à Presidência da República em 2014. Questionado, ele respondeu: "E é uma grande idéia. Só podemos considerá-la assim".
Os desentendimentos no ninho tucano ganharam contornos explícitos na semana passada, quando o ex-governador José Serra discutiu com o deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG), diante de pelo menos 20 congressistas do partido. O episódio aconteceu no gabinete do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), no Congresso Nacional.
Peraí, gente: a expressão é do Jamelão, glória do samba, e dá conta de alguém que anda esfuziante de alegria. Fernando Henrique está.
Por Nirlando Beirão, em seu blog
Em mais uma demonstração de divergência, o comando do PSDB se recusou a referendar uma carta divulgada nesta sexta-feira (1º) pelo presidente do conselho político do partido, José Serra, com duras críticas ao governo Dilma Rousseff. Integrantes do conselho queriam a convocação de uma nova reunião para debate o texto com calma — mas Serra, autoritário como sempre, precipitou a divulgação à revelia dos tucanos.
Assim que assumiu o governo de São Paulo, em janeiro de 2007, José Serra (PSDB) procurou o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Clifford M. Sobel, para pedir orientações sobre como lidar com ataques terroristas nas redes de metrô e trens. Na ocasião, o governo temia as ações do PCC (Primeiro Comando da Capital), que, um ano antes, promoveu um mega-ataque simultâneo no estado.
O racha tucano ganhou proporções ainda mais radicais. Diante da falta de acordo para a composição da Executiva Nacional do PSDB, aliados do ex-governador José Serra ameaçam boicotar a convenção do partido, no sábado (28), em Brasília.
A atividade política de José Serra tem se resumido a se convidar para todas as inaugurações de obras estaduais em São Paulo, a aparecer sem ser convidado em eventos políticos de terceiros (como no discurso inicial de Aécio Neves como senador) e a criar factoides políticos (como a reunião com Rui Falcão, presidente do PT, para "discutir a reforma política").
Por Luis Nassif, em seu blog