A intervenção anunciada pelo governo federal no Rio de Janeiro, com a assinatura do decreto por Michel Temer nesta sexta-feira (16), precisa ser vista com cuidado e não pode servir de cortina de fumaça para esconder os cortes de investimentos federais no setor e a nova tentativa de aprovar a Reforma da Previdência. A avaliação é do deputado Chico Lopes (PCdoB-CE).
O decreto presidencial editado, nesta sexta-feira (16), pelo presidente da República, Michel Temer, é considerado pela líder do PCdoB, deputada Alice Portugal (BA), como “inapropriado”, uma vez que as Forças Armadas têm um papel de preservação da soberania nacional e para o enfrentamento do estado de guerra.
Depois de assinar, nesta sexta-feira (16), um decreto que prevê a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, Michel Temer afirmou que a medida será suspensa para que a Câmara e o Senado possam aprovar a Reforma da Previdência (PEC 287/16).
A resposta de Temer ao caos na segurança pública no Rio de Janeiro chegou a galope, tanque de guerra e todo aparato disponível pelas Forças Armadas. Nesta sexta-feira (16), numa cerimônia rápida, com a presença do governador do estado, Luiz Fernando Pezão, ministros e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Temer concretizou a intervenção federal na segurança pública do estado.
Por Christiane Peres
O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta sexta-feira (16), que a votação da Reforma da Previdência pode ficar prejudicada na próxima semana, caso o decreto de intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro entre na pauta da Casa.
Em entrevista, Daniel Misse, professor do Instituto de Estudos Comparados de Administração de Conflitos, do Departamento de Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF), falou sobre o aumento da letalidade da polícia militar a partir de 2015 e também sobre a orientação da política de Segurança Pública do estado do Rio que, após a crise política e econômica, intensificou a violência.
Em entrevista ao Politiquês, do Nexo Jornal, divulgada nesta segunda-feira (5), a pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela D’Ávila defendeu que crimes de homofobia sejam tratados como crimes de ódio e a restrição do porte de armas aos cidadãos.
Levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas apontou que 67,9% dos brasileiros acha que a segurança pública piorou nos últimos anos em suas cidades e apenas 14,5% acham que melhorou. Para 16,5%, a situação continua igual, e o percentual dos que não souberam responder ou não opinaram somou 1,2%.
Nesta terça-feira (09) chegou ao fim a paralisação dos policiais do Rio Grande do Norte que teve início em 19 de dezembro. A greve teve o objetivo de reivindicar o pagamento de salários atrasados e melhores condições e equipamentos de trabalho. Apesar do cenário de violência ter se agravado no estado após o início da greve, com 100 mortos, a crise de segurança pública no Rio Grande do Norte é consequência do acúmulo de más gestões no estado.
Por Verônica Lugarini*
Lançado pelo Governo Michel Temer (MDB) há um ano após uma série de sangrentas rebeliões com chacinas em penitenciárias brasileiras, o Plano Nacional de Segurança Pública previa criar cerca de 10.000 novas vagas em prisões de todo país.
Com a popularidade em baixa, após salvar a pele do governo de Michel Temer de duas denúncias e aprovar medidas que retira direitos, a base aliada do governo na Câmara de Deputados tenta limpar a sua barra colocando em pauta projeto com forte apelo popular ligados à segurança pública.
Por Dayane Santos
Um retrato preocupante do padrão de violência no país no revelado nesta segunda-feira (30) por meio do 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Com base em indicadores de 2016, os dados mostram que 61.619 pessoas foram assassinadas de maneira violenta – o maior número já registrado pelo estudo em uma década. Dito de outra forma, os 61 mil assassinatos cometidos no Brasil equivalem ao total de vítimas da explosão da bomba atômica em Nagasaki, no Japão, em 1945.