Paulo Guedes e Sérgio Moro, ministros fiadores do governo Jair Bolsonaro diante do poder econômico e de setores da opinião pública, começaram a colocar seus blocos na rua com textos preliminares da Reforma da Previdência e a proposta de alterações legislativas contra o crime organizado e a corrupção.
Por Leonardo Sakamoto, em seu blog (UOL)
Anunciado com pompa nesta segunda-feira (4), o chamado “pacote anticrime” do governo Bolsonaro, elaborado pelo ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), decepcionou. Especialistas em segurança pública e constitucionalistas avaliam que as medidas apresentadas são insuficientes para ter impactos relevantes no combate à criminalidade. A pouca atenção dada à inteligência policial e a falta de coordenação entre órgãos de governo devem tornar mais difícil a redução nos índices de violência.
Em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira (16), o governador Flávio Dino defendeu a criação da Guarda Nacional, com 10 mil integrantes, para reduzir a criminalidade no país. Para ele, essa medida é muito mais eficiente do que simplesmente endurecer penas.
Por John Cutrim
Para Daniel Misse, a relação que Bolsonaro faz entre mais armamento e segurança vai na contramão de diversas pesquisas.
Treinamento dos policiais no estado de São Paulo sofre com desumanização por falta de investimentos, fazendo com que a polícia falte com seu dever de proteger os cidadãos.
Por Gabriela Pereira Fabiano*
Não há nenhum conflito bélico declarado no Brasil, mas matam-se mais cidadãos que em muitos países em guerra. Só em 2017 foram registrados 63.880 homicídios, ou seja, 175 pessoas assassinadas por dia, a um ritmo superior de sete por hora, segundo novos dados da ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O ministro da Segurança Pública Raul Jungmann admitiu que o governo não tem uma política nacional de segurança pública. Ele disse ainda que o sistema penitenciário é um dos maiores problemas da violência e que o Rio de Janeiro, mesmo sob intervenção militar, vive uma “metástase”, com o domínio do crime organizado.
Os custos econômicos da criminalidade representam, anualmente, 4,38% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo país. Em 2015, o ônus econômico ao país chegou a alcançar a cifra de R$ 285 bilhões.
Reportagem exibida pela Globo na última quarta-feira (13) reconhece que o município administrado pelo prefeito Neto Barros (PCdoB), Baixo Guandu-ES, se transformou em termos de segurança pública nos últimos anos.
Comunistas repudiam cortes em políticas públicas de esporte e cultura e defendem rejeição da Medida Provisória (MP) 841/18, que cria Fundo Nacional de Segurança Pública.
Por Christiane Peres
Nos últimos dez anos, onze estados brasileiros apresentaram crescimento gradativo da violência letal. O dado foi revelado nesta semana pelo Atlas da Violência de 2018, lançado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Foi divulgado, essa semana, o Atlas da Violência 2018 e novamente somos confrontados pelos dados da violência crescente em nosso país. Pela primeira vez na história, o Brasil atingiu a taxa de 30 assassinatos para cada 100 mil habitantes, segundo o relatório. Com 62.517 homicídios, a taxa chegou a um nível que corresponde a 30 vezes a da Europa.
Por Luciana Santos*