A senadora socialista Maria Isabel Allende, filha de Salvador Allende, ex-presidente chileno, se converterá no próximo sábado (1º/3) na primeira mulher a presidir o Senado chileno, e entregará a faixa presidencial à presidente eleita Michelle Bachelet.
O Supremo Tribunal chileno confirmou a extinção do processo sobre a morte do ex-presidente Salvador Allende, falecido em 11 de setembro de 1973. Com a decisão, está encerrada a investigação iniciada há três anos pelo ministro Mario Carroza, para saber se houve participação de outras pessoas.
A morte do presidente chileno Salvador Allende continua a provocar controvérsia no país. A tese preponderante – de que Allende se suicidou quando o Palácio de La Moneda estava a ponto de ser invadido pelos militares golpistas em 11 de setembro de 1973 –, encontrou nova contestação no lançamento de um livro cujo autor diz ter provas inquestionáveis de que seria impossível Allende ter se suicidado.
Por Victor Farinelli, no Opera Mundi
Quarenta anos depois, a morte do poeta e Prêmio Nobel de Literatura chileno, Pablo Neruda, continua sendo um mistério. Conhecido por suas poesias de amor e sua militância no Partido Comunista, Neruda morreu no dia 23 de setembro de 1973 – duas semanas depois do golpe militar que derrubou o governo socialista de Salvador Allende.
Que Maduro não se esqueça nunca das palavras de Chávez. Pacífica sim, pero armada. Setembro marca dois golpes duros contra as forças progressistas da América Latina. Em 1973, Allende vê esmagado o seu projeto de uma transição pacífica ao socialismo. Em 17 de setembro de 1955, é derrubado o governo de Perón, na Argentina, após uma década de transformações que elevaram os indicadores sociais dos nossos vizinhos a um dos mais altos do mundo.
Por Beto Almeida*, no Brasil de Fato
A eleição de Salvador Allende nos anos 70 representou um marco histórico no cenário político, ideológico e porque não dizer teórico da luta transformadora e revolucionária do século 20. Hoje, 40 anos depois a memória de Allende segue viva nas lutas dos estudantes chilenos e latino-americanos por democracia, liberdade e educação pública e de qualidade.
Por Mateus Fiorentini*, no blog Buenas Che
Luís Corvalán, principal dirigente do Partido Comunista do Chile por mais de trinta anos, foi o segundo homem do governo Allende. Nesta entrevista inédita, realizada há vinte anos, ele analisa os momentos cruciais da Unidade Popular, do golpe e fala do projeto de sociedade que tinham em mente. “Queremos um socialismo com democracia e liberdade, com sabor de vinho tinto e cheiro de empanada”, como dizia Allende.
Por Gilberto Maringoni, na Carta Maior
No dia 11 de setembro de 1973 teve início uma das ditaduras mais brutais da América Latina: mais de 3 mil mortos, quase 38 mil torturados e centenas de milhares de exilados. Alguns dias após o golpe de Estado, o diretor de cinema Bruno Muel foi ao Chile e, a seguir, revela seu testemunho…
Por Bruno Muel*, no Le Monde Diplomatique
O último discurso do ex-presidente chileno Salvador Allende, pronunciado antes de morrer durante o golpe militar que o derrubou há 40 anos, será repetidos nas vozes de artistas e personalidades internacionais, como o cantor Gilberto Gil e a artista plástica japonesa Yoko Ono.
Por trás de cada atentado, de cada figura heroica que tentou trazer uma vida decente, democracia e justiça social para o seu povo, os Allende, Lumumba, Cabral, Arbenz, Luther King e tantos outros, se ergue uma imensa muralha de hipocrisia, de justificativas absurdas para o eterno adiamento da democratização efetiva das nossas sociedades.
Por Ladislau Dowbor*, na Carta Maior
“Viva o Chile! Viva o povo! Viva os trabalhadores! Estas são minhas últimas palavras e tenho a certeza de que meu sacrifício não será em vão. Tenho a certeza de que, pelo menos, será uma lição moral que castigará a perfídia, a covardia e a traição.” Estas foram as últimas palavras antes de Salvador Allende se suicidar quando o Palácio de la Moneda foi bombardeado pela Força Aérea. Quarenta anos depois do golpe, qual o seu legado para a América Latina?
Por Vanessa Silva, do Portal Vermelho
Durante muito tempo, as forças progressistas chilenas trataram a figura de Salvador Allende como um ícone. Ressaltavam suas qualidades pessoais e humanas, louvavam sua atitude heroica na ocasião do golpe de Estado de 11 de setembro de 1973, lembravam-se dele como o chefe de Estado que morreu com as armas em punho. Celebrações como essas, contudo, nublavam as ambições – e conquistas – do governo da União Popular (UP), uma coalizão que juntava de comunistas a sociais-democratas.