"Diante do fundamentalismo mais tosco, do absurdo e da obscuridade em que estamos mergulhados, fico pensando que Júlia, a doida mansa e lírica, talvez pudesse devolver as estrelas que devorou, curando com luz essa loucura coletiva que tomou conta do País”.
Por Rosemberg Cariry*
"Depois das lágrimas, os nossos olhos estavam mais límpidos e tudo ganhou uma insuportável transparência, nos adveio uma dolorosa lucidez. Sim, este é o País em que vivemos, em seu feitio mais brutal, violento, racista e autoritário. Sim, muitos colaboraram com a ascensão do fascismo, mas não todos. Como pode parte do povo brasileiro marchar de forma tão cega para o matadouro, arrastando consigo a outra parte? Como pode, de forma tão servil, renegar a liberdade?”
Rosemberg Cariry*
“A palavra corrupção pode ser compreendida em várias acepções, inclusive a de trair a pátria e o povo. De golpe em golpe, chegamos à decomposição. De um ‘País do futuro’ passamos a ser o ‘País sem nenhum futuro’, posto que nem mesmo um passado nos é dado possuir”.
Por Rosemberg Cariry*
“O Estado do Ceará precisa reconhecer o Cine Ceará como um valioso patrimônio cultural. A sua realização anual, não deveria mais depender apenas de patrocinadores eventuais e cada vez mais difíceis, mas ser assegurada por lei, com dotação própria. Um evento de tal grandeza levou décadas para se consolidar e foi construído com o esforço de centenas de pessoas. O atual boom do cinema cearense muito deve a esse evento”.
Por Rosemberg Cariry*
“Louro Branco teve uma vida de muitas lutas pela sobrevivência, mas também de muitas glórias, conquistando centenas de prêmios em festivais. Antes de morrer, cantou: ‘No dia que eu morrer / Deixo a mulher sem conforto / Roupas em malas guardadas / E o chapéu em torno torto / E a viola com saudades / Dos dedos do dono morto’”.
Por *Rosemberg Cariry
Estive no Rio e fui até o cine República, no Catete, ver o filme “Chico – Artista brasileiro”. Saí da sala com uma sensação agradável. Peguei-me a pensar cá com os meus botões: sim, o Brasil é uma grande nação e entre os expoentes dessa civilização nova – herdeira de tantos povos e capaz da reinvenção de culturas – estão os artistas, sendo o Chico um dos seus nomes mais marcantes.
Por Rosemberg Cariry*
O cineasta Rosemberg Cariry expressa seu carinho por Ariano Suassuna, companheiro de gravações.
"O que aconteceu no Ceará neste triste episódio ficará registrado nos anais da nossa história como o Dia da Vergonha, o dia em que o fascismo triunfou sobre a solidariedade e a universalidade que tem marcado, por definição cultural, o espírito do povo cearense e brasileiro".