Morador de um beco na periferia de Porto Alegre, Zeca, 52 anos, vivia pedindo dinheiro para comprar leite Ninho para sua filha com deficiência motora e cognitiva. Em 2015, quando ele ganhou uma boa grana de um processo na Justiça, a questão do leite parecia finalmente estar resolvida. Mas não. Ele foi direto a um shopping e gastou todo valor em um tênis marca, deixando muita gente perplexa.
Por Rosana Pinheiro-Machado
Nesta terça-feira (23), a União Paulista de Estudantes Secundaristas (Upes) realiza um rolezinho na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo para perguntar “Cadê a merenda que tava aqui?”. A mobilização está sendo organizada através de um evento no Facebook. Os estudantes defendem a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os desvios. O rolezinho será transmitido ao vivo aqui.
Em entrevista, o rapper Mano Brown falou sobre o fenômeno dos "rolezinhos". O integrante do grupo Racionais MC's está atualmente trabalhando em seu primeiro projeto solo, intitulado Boogie Naipe. “Eu sou a favor dos moleques, tem que invadir mesmo”, diz Brown.
Após encontro nesta quinta-feira (13), com o secretário municipal de Igualdade Racial, Netinho de Paula, os principais "rolezeiros" de São Paulo anunciaram a volta dos "rolezinhos" e a criação de uma associação cultural. O próximo encontro está marcado para este sábado (15), a partir das 15 horas, no Parque do Ibirapuera, zona sul da capital.
A Comissão de Direitos Humanos da seção baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA) promove, nesta quarta-feira (12/2), uma audiência pública sobre o fenômeno nacional que ficou conhecido como “rolezinho”. Batizada de "Diversão, direito ou abuso: a dimensão do fenômeno social do rolezinho", a audiência acontece às 16h, na sede baiana da ordem, localizada nos Barris.
O fenômeno do “rolezinho”, que teve início em São Paulo e que vem ganhando destaque desde o final do ano passado, gerou reflexos, também, em Salvador – considerada a cidade mais negra do país. Nada mais próprio, dizem os organizadores do movimento baiano, quando se leva em conta as questões de discriminação racial que se escondem por trás das reações contrárias ao “rolé” da juventude.
O conflito presente nos rolezinhos de alguma maneira evidencia o impasse da estratégia dos governos Lula e Dilma.
Por Antonio David*, na Carta Maior
Após a notícia da morte do líder sul africano, Nelson Mandela, que lutou pelo fim do apartheid na África do Sul, fomos surpreendidos no Brasil com a polêmica em torno dos “rolezinhos” – encontros marcados por jovens da periferia, na maioria negros, nos shoppings de São Paulo. O fenômeno têm provocado manifestações hostis por parte da elite conservadora do País, evidenciando, a partir do cerceamento da circulação de jovens nesses espaços, práticas de segregação expressas.
Por Luiz Alberto*
Os organizadores de rolezinhos na capital paulista propuseram um acordo prévio com a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) para que os eventos sejam realizados em parceria com os shoppings centers. Na quarta-feira (29), os jovens se reuniram com os estabelecimentos comerciais. O secretário da Igualdade Racial do município de São Paulo, Netinho de Paula (PCdoB-SP), foi quem articulou e intermediou o diálogo.
A Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasi (CTB) vai realizar uma série de visitas, apelidada de “rolezinhos”, em portas de fábricas, instituições e empresas, para divulgar a campanha "Vista essa camisa, venha para a CTB" e reforçar o elo com os trabalhadores de diversas categorias.
Organizadores do ‘rolezinho’ participaram de um bate-papo com a militância da UJS e se filiam à entidade.
Nesta quarta-feira (29), o Palácio do Planalto se reúne com representantes dos shoppings para discutir a pauta que, muito mais do que um possível aumento da inflação ou os juros altos, vem preocupando o setor: os rolezinhos. A reunião será comandada pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e contará com a presença da secretária Nacional de Juventude, Severine Macedo, que promete defender a posição da pasta sobre o novo fenômeno nacional.