Depois das florestas e da atmosfera, agora é a vez dos oceanos entrarem na agenda ambiental. Foi um tema importante nos debates do projeto de declaração, que será submetido aos chefes de Estado ao final da Rio+20, só ficando de fora devido às pressões dos EUA que não aceitam regulamentar atividades em alto mar.
O Senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), que participa da Rio+20, compôs a mesa “Diálogo sobre cidades sustentáveis e inovações”, apresentada na última segunda-feira (18). Ele defendeu como principal bandeira a função social da propriedade urbana, um dos capítulos do Estatuto da Cidade. Inácio permanece no Rio de Janeiro para continuar as discussões sobre semi-árido e oceanos.
O público era tímido no início da manhã, mas o debate esquentou a partir das dez horas, quando o público quase lotou a Arena Socioambiental para ouvir o consultor para sociedade de informação Marcelo Branco, a cientista social Regina Novaes, o atual secretário executivo da Organização Continental Latinoamericana e Caribenha de Estudantes (OCLAE) Mateus Fiorentini, a secretária nacional de Juventude, Severine Macedo, e o rapper Genival Oliveira Gonçalves, o GOG.
APA da Meruoca e combate à desertificação e educação ambiental são algumas dos projetos de autoria do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE). Sempre preocupado com o meio ambiente, em todos os seus mandatos, Inácio vem propondo ações relacionadas a esta temática e à luta por cidades sustentáveis.
Vinte anos depois da ECO-92 o Rio de Janeiro recebe a Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável. Um evento que, com certeza, vai colocar o tanto o Rio como o Brasil sob os holofotes da imprensa internacional. O Itamaraty já confirmou a participação de 130 países e os cálculos apontam para um custo de R$ 430 milhões , aproximadamente, com a organização, segurança, passagens e diárias.
Por João Ananias*
O nível de participação da sociedade civil na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) não tem precedente, disse nesta sexta-feira (15) o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Segundo ele, mais de 1 milhão de recomendações foram encaminhadas por meio da plataforma online criada pelo governo federal para reunir propostas populares sobre desenvolvimento sustentável.
Para Patrick Bond, professor de Economia da Universidade de KwaZulu-Natal, na África do Sul, o círculo vicioso do capitalismo, com produção como resposta para os problemas criados por ele na sociedade e no sistema financeiro, esbarrou no problema ambiental, que não é resolvido dentro dessa lógica. “Deixar apenas como um mecanismo de mercado? Deixar os banqueiros salvarem o planeta? Não! É maluquice!”, afirmou durante palestra na UFRJ.
Por Rodrigo Otávio
Em entrevista, o teólogo, escritor e professor Leonardo Boff afirmou que a sustentabilidade real supõe um outro paradigma de relação para com a natureza. "A prosseguir esta voracidade, vamos ao encontro de um colapso", alertou o pensador, que é um dos redatores da Carta da Terra.
*Por Murilo Gitel*
O tempo vai passando, o longíquo junho de 2012 está chegando, e os organizadores da conferência global conhecida como Rio + 20 dão claras indicações de que as coisas não vão bem. Sério retrocesso pode resultar desse esperado evento, que assim poderá ficar para a história como Rio – 20.
Por Jaime Sautchuk*