Somadas as medalhas de ouro dos 15 países que formavam a URSS, a hipotética participação soviética termina os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em segundo lugar, com 32 medalhas.
Por Humberto Alencar
As políticas públicas criadas há 10 anos e que tem assegurado inclusão social inédita no Brasil repercutiram na Rio 2016. Comoveu a todos a história do filho da faxineira da rodoviária de Salvador, Isaquias Queiroz dos Santos, que conquistou três medalhas na canoagem. O ex-feirante Robson Conceição, medalha de ouro no boxe, tem trajetória familiar semelhante a de Isaquias. Com o apoio de políticas de inclusão, os atletas superaram a desigualdade.
Apesar da opressão, as Olimpíadas são uma importante ferramenta de reivindicação política.
Qualquer aficionado do esporte mostra quase nenhuma surpresa ao saber que apenas 3 atletas de um país obtiveram quase a metade das medalhas conquistadas durante a competição. Afinal de contas, dezenas de países conquistam menos de uma dúzia delas em meio a mais de 70 modalidades esportivas em disputa. A surpresa é que esses 3 atletas amealharam 13 das 30 medalhas de ouro obtidas por seu país.
Por Humberto Alencar*
A repercussão de que a versão de assalto durante a estadia para participar dos jogos olímpicos do Rio de Janeiro não passou de uma invenção dos nadadores norte-americanos causa indignação.
Nas aberturas das Olimpíadas a última delegação era a mais aguardada por muita gente: a dos refugiados. Sob a bandeira olímpica e com uma delegação tímida, já fizeram história. Eles representam uma realidade que nos esquecemos quando estamos vendo os jogos olímpicos: a da guerra, da morte, da luta pela sobrevivência.
Por Guadalupe Carniel*
Biquíni, caipirinha, choques linguísticos, a cultura do abraço e, acima de tudo, simpatia: turistas contam suas experiências no Rio de Janeiro olímpico. E há quem não consiga entender a resistência do povo aos Jogos.
A Justiça Federal negou nesta segunda-feira (15) recurso ao Comitê Rio 2016 e os protestos políticos seguem liberados nas arenas esportivas, conforme decisão do desembargador federal Marcelo Granado, presidente da 5ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da Segunda Região (TRF2).
A americana Ibtihaj Muhammad foi a primeira atleta do país em uma edição dos Jogos Olímpicos a ganhar uma medalha vestindo o hijab, vestimenta tradicional muçulmana. Ela vive na pele a xenofobia e aproveitou a conquista da medalha de bronze para criticar o candidato republicano Donald Trump, notório pela discriminação contra migrantes.
Militante do Partido Comunista da China (PCCh), a levantadora de peso Suping Meng conquistou nesta segunda-feira a medalha de ouro da sua categoria ao levantar 307 quilogramas. Ela competiu na categoria para atletas acima de 75 quilos e revelou, após receber a medalha, que estava bastante feliz pelo feito.
Aproveitando a abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a Televisão Nacional Romena (TVR) divulgou um documentário tendencioso sobre a ginasta Nadia Comaneci, que em 1976, nos Jogos de Montreal, conseguiu o primeiro 10 da história na prova de barras assimétricas – e o fez em sete ocasiões durante aqueles jogos –, obtendo deste modo o ouro olímpico em três modalidades (individual geral, barras assimétricas e solo).
Ouvi algumas dezenas de vezes durante minha viagem as pessoas me perguntando o que estou fazendo aqui e não aproveitando a Olimpíada no Rio. Dizem mais, com um país tão lindo, o que você vem fazer “nesse fim de mundo frio e feio”.