Entre os pleitos mais relevantes estão as disputas pela presidência da Bolívia e da República Dominicana
O governo da República Bolivariana da Venezuela buscará no diálogo na República Dominicana encontrar um caminho de estabilidade política, econômica, social para o povo e poder chegar a eleições presidenciais sob garantia de paz e estabilidade
As questões migratórias e a efetivação de acordos bilaterais entre os dois países foram os temas que pautaram o encontro entre a presidenta da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) e o embaixador da República Dominicana, Alejandro Arias Zarzuela, esta semana, em Brasília.
A tensão com a falta de documentação aumenta na República Dominicana. São vários os protestos para que sejam encontradas soluções para os migrantes e seus descendentes pelos dois países da Ilha de Ispaniola. No último dia 17 de setembro, trabalhadores expatriados do corte de cana de açúcar fizeram um protesto em Santo Domingo para exigirem documentos de identidade gratuitos do Governo do Haiti.
Com numerosas atividades e uma mensagem à nação formulada pelo presidente Danilo Medina, o povo dominicano celebrou neste domingo (17) o 151 aniversário do Grito de Capotillo, ação que deu origem à Guerra da Restauração da República.
Na 150ª sessão realizada em Washington entre 20 de março e 4 de abril de 2014, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pediu ao governo dominicano para agir com urgência no sentido de garantir o direito à nacionalidade das pessoas afetadas pela decisão do Tribunal Constitucional nº168/13, de 23 de setembro de 2013, que deixou apátridas "mais de 210 mil cidadãos dominicanos de ascendência haitiana”, disse a CIDH.
León Delanoi, coordenador da Comissão de Justiça e Paz da Conferência Dominicana de Religiosos (Condor) apela para que o presidente Danilo Medina restitua a nacionalidade ao dominicanos descendentes de haitianos. Na tarde de ontem, Delanoi comandou uma marcha com centenas de pessoas em frente ao Palácio Nacional da República Dominicana.
Desde o terremoto de 2010, que atingiu o Haiti, causando destruição e milhares de mortes, o país, que antes já era considerado um dos mais pobres do mundo, continua tentando se reerguer. Após a catástrofe, milhares de pessoas, saíram do país fugindo da pobreza e da destruição, o que acarretou grandes problemas para os migrantes e para os locais onde eles buscam refúgio.
Na República Dominicana, mais de 250 mil pessoas perderam seu direito à nacionalidade. Em sua maioria, essas pessoas são homens e mulheres de ascendência haitiana, que há muitos anos já sofrem discriminação. Hoje, eles são considerados apátridas. De acordo com a Anistia Internacional, a situação não é nova. Desde 2007, o governo nega o documento de identidade aos dominicanos de família haitiana, privando essas pessoas de trabalharem, casarem, votarem e até mandarem seus filhos para a escola.
O Haiti anunciou uma comissão oficial de diálogo com a República Dominicana, sobre temas comuns de grande importância, para a próxima terça-feira (7). O primeiro-ministro haitiano, Laurent Lamothe, que publicou a informação em seu perfil do Twitter, encabeça o grupo anfitrião das conversações, na localidade de Ounaminthe, fronteiriça com o território dominicano.
O Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) solicitou um pedido de apelo à República Dominicana para que sejam tomadas medidas efetivas no sentido de restituir a nacionalidade dos indivíduos afetados pela decisão do Tribunal Constitucional do país. A decisão retirou a nacionalidade de dezenas de milhares de dominicanos de ascendência haitiana, tornando-os ilegais no território.
Autoridades da República Dominicana e do Haiti desmantelaram uma rede de tráfico de mulheres, várias delas menores de idade, com operações entre ambos países, informaram nesta segunda-feira (7) veículos de imprensa.